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Erotico-->SEDUÇÃO 3 -- 18/09/2002 - 20:02 (ADÃO JORGE DOS SANTOS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tirou a roupa e a deixou sob a cadeira como sempre
fazia. Primeiro os sapatos, um ao lado do outro,
depois o casaco, a gravata que colocou no bolso, a
camisa ,desabotoada um botão por vez ,pendurada
com cuidado em um cabide preso a um prego na
parede, a calça dobrada nos frisos e por fim a
cueca preta, presente dela mesma, a última peça
que seria a primeira que vestiria.
Ele sabia, ou imaginou que ela estivesse fingindo. Que fosse.
Ela iria morrer mesmo. Sentou na beira da cama e
começou a beija-la nos pés, tornozelos, joelhos,
coxas, parando e introduzindo a língua nos lábios
vaginais, róseos, saborosos, em movimentos
desordenados e ritmados ao mesmo tempo. Ela ,que
dormia, ou fingia ,se contorcia toda, arqueando
o corpo e se abrindo cada vez mais. Ele não tinha
presa, seria a última trepada deles, portanto,
tinha de ser a melhor, e seria. Ela falava coisas
sem sentido, pronunciava entre gemidos o nome
dele, gritava agarrada as cobertas, que indefesas
se deixavam puxar desesperadamente. Abre as pernas
e a penetra de uma vez só. Sem rodeios, sem cuidado,
sem medo. Eles se beijam, se mordem, se arranham,
se consomem, se insultam, misturam-se num único ser,
não são mais donos das suas vontades, eles são
apenas dois corpos se amando, apenas isto,
apenas se amando.Ela começa sentir a comichão nas
palmas das mãos, aquela indescritível sensação de
total abandono, de sentir que Deus esta presente,
que os gritos vazam o céu, despertando os anjos e
querubins, que faz a vida valer a pena naquela
hora, que nada,nada mais tem importância ou é
importante, que se morresse agora, nesta hora,
morreria feliz e realizada, nos braços do único
homem que amou na vida.
Extasiada e confiante de que havia conseguido
controlar a situação, espera que ele fale. Ele não
fala. Olha bem nos olhos dela e a pega pelos
cabelos ,puxando a sua cabeça até o meio das suas
pernas. Ela sabe o que ele quer que ela faça. Não
tem escolha. É fazer ou morrer. Então abre a boca e
e ele entra inteiro com seu enorme pênis até o fundo
da sua garganta.
O gosto é amargo, diferente. Sente o gosto dela
própria na língua, é o seu cheiro, pela primeira
vez descobre que ela é tão igual as outras que
começa chorar, e as lágrimas se misturam e
temperam o que antes não tinha sabor. Ela não pode
e não quer mais parar, é algo que escapa a sua
compreensão, sabe que vai querer fazer outras vezes
, se não morrer antes, jamais pensou que fazer
sexo oral com o marido fosse tão bom . Agora
compreendia a insistência dele para que ela fizesse aquelas coisas que julgava
impróprias para uma esposa. Ele dizia que as outras, as
amantes e as prostitutas existiam por causa das
esposas que relutavam em serem mulheres e a
fazerem sexo completo. Sexo completo para os homens
era o chamado oral e anal, alem do convencional.
Ela sempre quis ser um pouco mais ousada. Achou que
ao tentar ser uma mulher moderna, o marido poderia
não entender e julgar que ela já tivesse provado
do fruto proibido antes do casamento. Ela sabia,
todas as esposas sabiam ,que os maridos não eram
marinheiros de primeira viagem, pelo contrário, eram
velhos marujos que já tinham descoberto a terra
prometida.
Agora era tarde para arrependimentos. Já havia
tomado a decisão de arruinar a relação do marido
com a amante, por isto mandara o bilhete, e foi
bem clara na mensagem.; o marido é meu e quero ele
de volta. Se ele gosta de sexo ou não,
farei de tudo para satisfaze-lo.
Ele perguntou porquê ela fizera aquilo tudo. Não
encontrou nenhum motivo que pudesse ter para agir
daquela meneira estúpida. Você é a minha esposa,
gritou, quase batendo nela. Ela sorriu e limpou o
canto da boca de esperma que escorria. Levantou
e o encarou de frente. Olho no olho. Porque a
nossa relação estava se desgastando e você tinha
uma amante. Ela falava com rancor. Suas palavras
feriam profundamente o homem que amava e que um
dia deixou procurar aventuras extraconjugais,
imaginando que pudesse mante-lo junto por mais
tempo. Só que um dia descobriu que ele era mais
feliz com outra do que com ela. Resolveu descobrir porque a outra tinha ou fazia que ela não.
Descobriu que ele não a amava, mas que só o sexo
o fazia procura-la ,primeiramente as escondidas,
depois todos os dias, sem se importar mais com o
que ela achava, ou deixava de achar.

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