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Artigos-->Mais um ano... -- 13/11/2001 - 01:10 (Carlos Santos Lacerda) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
E junto dele muitas promessas usuais e cômodas

Promessas sempre terminam como uma nova promessa para o ano seguinte.



Por toda a minha vida adiei as coisas que poderiam mudar o meu presente

Sempre dizem que o presente é resultado de escolhas feitas no passado

Deve ser por isso que meu presente é tão nostálgico e monótono.



Eu nunca escolhi, eu nunca optei por meus atos

Eu sempre os adiava para o dia seguinte

Ter que fazer escolhas para mim era tão duro que me era mais fácil Simplesmente deixar para depois

E assim minha vida foi se passando

Cada dia...

Cada ano...

Foi um ciclo tragicamente longo e perverso

Para mim era insuportável viver como dentro de uma prisão sem muros

Eu mesmo era os muros, eu mesmo me vigiava e me controlava

Eu me bania e me punia.



Cada ser que passou pela minha vida

Muito me levou mas pouco me deixou

Fui apagando aos poucos

Até que minha alma não era mais suficiente para fazer viver um ser humano

Pela minha vida ouvi muitos elogios e sentia muito o como as pessoas me invejavam

Cada ato meu era motivo de comentários dos mais diversos e inacreditáveis

Isso me fazia bem

Me fazia sentir importante e absoluto para a vida alheia

Eu me enganei

Me flagelei.



Conseguia ver o sorriso das pessoas quando na verdade elas choravam

Mas o sorriso inventado era tão bonito e verdadeiro

Que eu preferia aceitá-lo como a realidade.



A vida passou tão rápido que hoje me assusto com o que me tornei

Todo o resultado das minhas concepções foram falsos e assim eu me iludi

Uma ilusão tão sincera que as vezes ainda me pergunto se realmente não estou ficando louco.

Mas não estou, é verdade

O que me tornei foi fruto de uma busca incansável.



Eu vivi muito e nada senti

Guardo o pouco do que trouxe comigo

Tudo é tão ralo e resquício que mais leve é deixá-lo para trás

Me pesa carregar as lembranças torturantes de um passado transparente e sem graça.

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