151 usuários online |
| |
|
Poesias-->DUAS FORMAS AO ACASO -- 15/06/2000 - 00:22 (Leticia Beze) |
|
|
| |
Duas Formas ao Acaso
Dor. Sombras alimentam.
Nunca a mesma sentença. De morte.
Isso sem cor que procuro nas veias.
Sangue de ausência.
Passado, cheiro o cigarro queimando a carne.
Olhar e depois.
Um ente terceiro esconde a graça.
Para que a angustia passe.
Das cinzas o frio, do paraíso. Não.
Virá o quarto anjo. Sem dentes escuros, sem dentes. Marca de vômitos. Consagração.
Permito sonhos. Mas a mente.
Puro o corpo no chão.
Asas desfeitas. Suor ao vento.
Serpentes cruzando, os rastros. Areia basta?
Tempo de ver satélites paralíticos.
O céu. Suficiente. Enxergo nuvens.
Mãos, o ar não chega. Amputo o inútil. Não.
Profiro heresias rancorosas no cansaço.
Minhas. Mãos me deixam.
Cegueira. Claridade.
Fim afirma impossibilidade de escolhas.
31-07-99
|
|