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Artigos-->Repercussão: indícios de corrupção em Piracicaba -- 02/06/2007 - 09:59 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Leia matéria publicada no Jornal de Piracicaba de hoje



Engenheiro foi denunciado e preso por participação em um esquema de fraudes em licitações





Escutas feitas pelo Ministério Público com autorização da Justiça interceptaram uma conversa por telefone entre Walter Godoy dos Santos, presidente da Emdhap (Empresa de Desenvolvimento Habitacional de Piracicaba), e Jovem Marcos Corrêa Miras, engenheiro denunciado e preso por participação em um esquema de fraudes em licitações para a construção de casas populares da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo) na região de Presidente Prudente, chamado de “Máfia das Casinhas”.

No diálogo de menos de um minuto, ao qual o Jornal de Piracicaba teve acesso ontem e que transcreve ao lado, Godoy pergunta se Miras foi procurado por Arnaldo Negri, irmão do prefeito Barjas Negri (PSDB), superintendente da CDHU, para uma conversa sobre um assunto tratado no telefonema como “produto”. Miras está preso na cidade de Caiuá. Ele é apontado como sócio do empreiteiro Francisco Emílio de Oliveira, tido pelo MP como o “cabeça” do grupo de fraudadores que agiu, segundo as investigações, em 22 municípios e causou prejuízo de R$ 40 milhões em sete anos.

O presidente da Emdhap confirmou ao JP que ligou para Miras, mas não soube precisar a data. “Foi há 30 ou 40 dias”. Segundo Godoy, o contato foi para convidá-lo para prestar assessoria técnica aos projetos executados em Piracicaba em parceria com a CDHU. Miras, conforme Godoy, veio à cidade, em data também não informada, se inteirar de informações necessárias para o serviço, que acabou não sendo prestado. “Pedi ao Arnaldo a indicação de um profissional de topografia para nos orientar e ele indicou o Miras, talvez sem saber do envolvimento dele com as fraudes”, relatou.

Godoy afirmou que não houve “relação comercial ou de engenharia” entre e Emdhap e Miras. Isso descarta, segundo ele, a possibilidade de problemas nas licitações dos projetos do município, como os loteamentos Santa Fé e Gilda. “Nem sabia que ele (Miras) era de uma empresa. Não tenho absolutamente nada a ver com as fraudes. Estava preocupado apenas com a documentação que precisava enviar para a CDHU e por isso procurei a assessoria de um profissional. Não tem nada de bandidagem”, se defendeu.

Apesar de dizer que o telefonema gravado pelo MP era a sua primeira conversa com Miras, o presidente da autarquia –– que afirmou não o conhecer pessoalmente –– demonstrou informalidade no início da conversa com o engenheiro, inclusive com brincadeiras relativas ao seu nome (leia no quadro). Godoy se disse “chateado” com o envolvimento do seu nome nas investigações. Mesmo assim, declarou ter se colocado à disposição do MP e da Justiça para prestar esclarecimentos. “É um estado nazista que está havendo no Brasil, que faz escutas e joga as coisas para a pessoa correr atrás. Fico chateado, mas é assim mesmo”, argumentou.

As investigações do MP iniciadas no final de 2006 resultaram na prisão, há duas semanas, de 17 pessoas (entre políticos, empresários e funcionários públicos) por indícios de participação em fraudes em licitações e no superfaturamento de obras de casas populares na região de Presidente Prudente. O Ministério pediu à Justiça a abertura de inquérito complementar para averiguar a participação de integrantes do alto escalão da CDHU no esquema, entre eles Arnaldo Negri que, ao lado de mais de dois superintendente da autarquia, foi afastado da função após instauração de sindicância interna. Ontem, o JP não localizou Arnaldo por telefone. Ele mora em São Paulo.

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