Incessantemente reluz-me
os cigarros que em boêmia
despertam-me ante a noite escura,
que esta clausura
possibilita-me pensar
nesta paixão
que velada
declara ó amada
sem de uma só estrada
na inércia
composta por todos
os movimentos
quais acudem-me com tua simpatia
que agrada placidamente
a luz da fildalguia.
Sopram os ventos,
irritando pelos incessantes tormentos
que à última hora
examinam prosa e mais prosa
resignando decerto
o afã
de um sujeito
que porta-se inerte,
solitário,
molecamente grisalho
que receia a penumbra
perturbadora, sensual,
confidente
por uma dose de traição,
intimamente ilustre
ao bater deste sequioso coração,
apenas por mensagens.
(22/07/2002) |