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Artigos-->A culpa é dos americanos... -- 05/06/2007 - 10:40 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Como sempre acontece em acidentes deste tipo, a responsabilidade é de um conjunto de circunstâncias. A tentativa da Aeronáutica de pôr a culpa nos americanos é fácil de entender: “os americanos são culpados de tudo”...



O maior acidente de aviação já havido, com mais de quinhentos mortos, ocorreu numa das ilhas espanholas, creio que nas Canárias, no próprio aeroporto. No meio da neblina, um Jumbo foi autorizado a partir e se chocou com outro, ainda no solo.



Também nas disciplinadas e civilizadas Suíça e Alemanha, ocorreu uma batida entre dois aviões em vôo, matando todos os passageiros das duas aeronaves... várias coincidências infelizes...



A pesar da “culpa dos americanos”, uma pessoa altamente colocada nas FFAA em Brasília me assegurou que a principal falha no acidente em causa ocorreu no aeroporto JK desta capital. Como não temos meios de ouvir piloto e passageiros do avião sinistrado, hoje habitando um mundo talvez melhor do que o nosso, o mistério perdura e provavelmente perdurará eis que, na dúvida, “a culpa é sempre dos americanos”...



Cordial Abraço



Meira Penna



www.meirapenna.org





***



ESCLARECIMENTO À IMPRENSA



Com relação à reportagem a ser exibida no Programa Fantástico, a respeito do acidente aeronáutico ocorrido em 29 de setembro de 2006, o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica esclarece que:



- os controladores envolvidos no caso tinham, no máximo, seis tráfegos sob sua responsabilidade, abaixo do limite de 14 previsto em norma;



- não há, até o momento, nenhuma indicação de influência da cobertura radar, por ineficiência ou deficiência dos equipamentos, no acompanhamento das aeronaves envolvidas;



- o sistema emitiu todos os alertas previstos e conhecidos pelos controladores, cabendo destacar que foi exibida para o controlador a informação do próximo nível a ser voado pelo Legacy (36.000 pés), ao mesmo tempo em que mostrava que a aeronave mantinha o nível de 37.000 pés. Cabe destacar que essa é uma funcionalidade do software de controle do espaço aéreo utilizada desde os anos 80; e,



- o transponder do Legacy deixou de funcionar (desaparecimento do círculo ao redor da cruz na tela radar), e que a etiqueta da aeronave apresentou a letra “Z” no lugar do sinal “=”, ainda na área do CINDACTA I, significando que a altitude exibida não era confiável para efeito de separação vertical entre tráfegos e, portanto, demandava intervenção imediata do controlador.



A Instrução do Comando da Aeronáutica (ICA) nº 100-12, documento que normatiza o controle do tráfego aéreo, padroniza, em seu capítulo 14, com relação ao uso do radar, os seguintes itens:



- 14.4.9 O controlador deverá informar ao piloto quando o interrogador de terra ou transponder da aeronave estiver inoperante, ou operando com deficiência.



- 14.4.11 Quando o transponder de uma aeronave deixar de apresentar o sinal de resposta desejado, o controlador deverá solicitar ao piloto que proceda a uma verificação de funcionamento do transponder.



Por fim, o Comando da Aeronáutica destaca que a investigação continua em andamento para que possam ser apurados todos os fatores que contribuíram para o acidente e reafirma que:



- o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro é seguro e confiável, e que todo espaço aéreo em nosso país é controlado, seguindo rígidos padrões de segurança;



- nos últimos 17 anos, enquanto a frota de aeronaves civis brasileiras cresceu 49% (de 7.494 para 11.182), o número de acidentes caiu 82% (de 118 casos/ano em 1990, para 34 casos ano em 2006);



- nos níveis de vôo da aviação comercial, a cobertura radar e de comunicações é plena; e,



- existem, atualmente, mais de 5.500 equipamentos para o controle do espaço aéreo no Brasil, funcionando 24 horas por dia, 365 dias no ano, que apresentam uma disponibilidade operacional diária acima de 98%.





Brigadeiro-do-Ar ANTONIO CARLOS MORETTI BERMUDEZ



Chefe do CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA AERONÁUTICA





***



Obs.: Para o Petistério Público, a culpa é dos sargentos controladores de vôo. Para a Aeronáutica, a culpa é dos americanos. Para os americanos, a culpa é do precário serviço de tráfego aéreo brasileiro. Vai-se chegar, ainda, à conclusão de que a culpa é das 154 pessoas que estavam no Boeing da Gol sinistrado. Afinal, morto não pode depor na Polícia... (F.M.)









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