58 usuários online |
| |
|
Poesias-->CEMITÉRIO -- 22/07/2002 - 01:20 (Rafael Capellato) |
|
|
| |
Eu sei que trago plantas verdes
e algumas lembranças nas lágrimas,
mas ninguém no espaço concreto
que o silêncio cicatrizou.
Difícil é pensar nas mãos
que desferiram pás no solo
e abriram o buraco úmido
onde repousas como um cego.
Como é a voz de quem faltou
ao compromisso da garganta
nesta cidade sem palavras?
Aqui receio a dor dos ossos. |
|