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Cordel-->O SEU, O MEU, O NOSSO CEARÁ -- 25/03/2000 - 18:39 (Mario Galvão) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Uma Terra que tem Palmeiras,
Beach Park também tem lá.
Tem cada mulher na Prainha,
Que tais não eu encontro eu cá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que volte para lá.
Acho mesmo que é porreta,
Esse tal do Ceará.

O xente, bichinho, um dia,
Fui passear, comer pitanga,
Perto de Guaramiranga,
Que é uma serra temperada,
Cheia de caju e manga.
As matas lá são fartas,
Tem índio andando de tanga.

E da serra temperada,
Numa inteira bordoada,
Eu peguei um avião,
Fui prá Canoa Quebrada.
Chegando naquelas partes,
Vi até mulher pelada.
Andei paquerando as moças,
Que os hippies não são de nada.
A Lua tinha no centro,
Uma estrela iluminada.

No Iguape eu conheci,
Um amigo de nome João.
É presidente da Câmara,
Faz peixada com camarão,
No lugar tem uma pensão.
Na cozinheira, colega,
Respeito! Passei só a mão.
Mas êta lugar bonito
Dunas brancas de montão.

Cruzei pela Praia do Morro,
E comi filé de arraia.
Garrafas, todas as cores,
Feitas de areia da praia.
De uma mulher gostosa,
Nas Fontes levantei a saia.
No chique hotel tava cheio,
De gente que não trabáia.
Turista de ultraleve,
Tem gente que até desmaia,
Mulher de tanta beleza,
E artesanato de páia.

A Prainha é só é mansões,
Mais chique que o Cumbuco.
Na Taíba e em Pecém,
A Xuxa, usando biquini,
Quase me deixou maluco.
Tomei cachaça da boa,
Co´branco, preto e mameluco.
Com turista alemão,
Joguei partida de truco.

Fui de bugue prá Lagoinha,
De lá prá Jericoacoara.
Mentira, alguns vão dizer.
Que fosse de salto de vara.
Pois as dunas são tão altas,
O bugue despenca e não pára.
Conheci uma mulata,
Tem por nome Lucimara,
Dentro da Pedra Furada,
Com jeito, mandei-lhe a vara.

No mercado, em Fortaleza,
Marapuama e catuaba,
Dancei forró no Pirata,
Nelas desci a mangüaba.
Tou passando dos cinqüenta.
Mas, diante dessa beleza,
É tesão que não se acaba.
Pois na praia de Iracema,
Que todo velhinho se baba.

E no baile do Vaqueiro,
Cantei sambão e forró.
Do pobre Mastruz com Leite,
Cheguei a ficar com dó.
Tantas palmas que bateram,
Me trataram a pão de ló.
Eta paulista arretado!
Num fica um minuto só!
Nunca vi tanta mulhé,
De calcinha de filó.

Voltei do meu Ceará,
Já tô usando remédio.
Aqui no sul vida mansa,
Ando sem jeito, com tédio.
Bom mesmo é no Ceará,
Dizem todos do meu prédio.

Um dia eu volto, certeza!
São Paulo não tem mais jeito,
Com esse Pitta de prefeito.
Por isso, todas as noites,
Prá Deus eu faço meu preito:
Me leve pro Ceará!
Tô sozinho no meu leito...
Aquele lugar é perfeito.


Mário Galvão é jornalista e profissional de RP.


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