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cronicas-->As nove décadas de Dona Ambrosina -- 06/05/2000 - 18:00 (Humberto Azevedo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um passado
Em 1910, o cometa Halley passa sobre a terra pela primeira vez no século. Dona Ambrosina, nascida no dia 28 de março daquele ano, não vê passar o lindo cometa. Apenas no ano de 1986 é que essa senhora, irmã mais velha do seu Edmur Carvalho, será testemunha da passagem do cometa.
Ambrosina de Carvalho Schuwart, hoje prestes a completar 90 anos, casou-se com o senhor Ideal Schuwart Vieira no dia 16 de junho de 1938. É bom dizer que Dona Ambrosina conseguiu o ideal que todas as mulheres perseguem. Mãe de três filhos: Eliete, Jésus e Regina, a personagem deste persona teve a felicidade de viver num passado tão belo quanto feliz! Acompanhar o marido era uma das obrigações das mulheres para com seus ambientes familiares. Para seguir o marido, ela viveu em Pouso Alegre, Muriaé, Itajubá, Varginha, São Gonçalo e São Paulo.

Ideal
Realmente a palavra ideal fazia parte da vida de Dona Ambrosina. Primeiro foi o Cinema Ideal, em Santa Rita, que foi fundado em 1909 e adquirido pelo pai de Ambrosina em 1912. A infància desta senhora foi marcada pelos filmes mudos que o Cinema Ideal passava. O cinema funcionava onde hoje se encontra o prédio da Central Energética de Minas gerais (Cemig). Eram em sua maioria filmes norte-americanos que o Cinema Ideal exibia. As atrizes Carola Lambar e Beth Davis eram os ícones da produção cinematográfica para Dona Ambrosina.
Mas o ideal de vida de Dona Ambrósia estava por chegar...! Do cinema para o marido, passaram-se alguns anos para que a irmã de Odete de Carvalho conhecesse o senhor Schuwart Vieira. O primeiro encontro deu-se em Pouso Alegre, cidade que acolheu o futuro casal por algum tempo.
Seu Ideal Schuwart era funcionário do Banco Nacional, tradicional banco de Chico Moreira. Seu Ideal também trabalhou no Banco Hipotecário. Hoje, ambos extintos. A partir de 1919 o Cinema Ideal passa a funcionar onde hoje é o Cine-Theatro de Santa Rita do Sapucaí e a pertencer a família Moreira.

Danças
Na juventude Dona Ambrósia adorava dançar... Eram os tempos dos bailes maravilhosos. Aqueles bailes em que moças se vestiam com luxo, que hoje não se vê mais. Bailes da elite, bailes populares, bailes dos senhores e da senhoras, das moças de famílias e tantos outros bailes da vida. A vida das pessoas não seria a mesma coisa sem os bailes.
E, nesses tempos, o cavaleiro da lua, personagem de seu Zizinho Andrade, que era o rapaz mais cobiçado pelas damas de antigamente nos salões, como atesta Ambrosina.

Fim
Dona Ambrosina demonstra aos mais jovens de hoje que a idade não é um peso e sim um acúmulo de experiências. O seu ensinamento é : "Nunca é tarde para aprender". Com mais de 80 anos esta mulher aprendeu a tricotar à mão, isso na última década do século XX.
Para ela, suas maiores alegrias conquistadas nessa vida foram a volta para Santa Rita e a compra da casa, onde mora até hoje. O regresso desta senhora ocorreu em 1948. Sua maior tristeza aconteceu no ano de 1967, quando Ideal Schuwart veio a falecer.
Hoje essa senhora encontra prazer nas lembranças do passado e no sorriso de seus bisnetos!

Texto publicado no jornal Minas do Sul no dia 25 de março
Escrito em 22 de março
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