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Artigos-->A raposa e a prudência -- 13/11/2001 - 21:26 (Anderson O. de Paula) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tenho certa inveja daqueles que têm uma boa noção das circunstâncias, e que

por isso conseguem ter vários pontos de vistas, optando por uma boa solução,

que sempre resulta em algo bom.



Particularmente, tenho o dom de afastar essas e outras virtudes pra bem

longe de mim. E é por isso que vou vivendo com essa visão óbvia, limitada e às

vezes embaçada.



Dizem que nunca é tarde para conseguir o que se deseja e que a solução está

em jamais desistir.

Não faço idéia de quem disse tal frase, ou se ela é verdadeira ou não, o

fato é que parece querer o bem, e isso já é um bom começo.



Conta a fábula, que já foi contada muitas vezes, por bons e maus contadores

de histórias, que o rei da floresta convidou seus súditos fiéis e infiéis

para uma festa em seu palácio.



O primeiro a chegar foi o urso, o grande e velho urso.



Encontrando a caverna cheia de ossos malcheirosos, tapou o nariz.



Furioso com a indelicadeza, o leão atirou-se sobre ele: - Patife! Que falta

de respeito. Entra em meu palácio de mão no nariz!



E o matou.



Em seguida, apareceu o macaco.



Este também sentiu o mau cheiro, mas quando viu o urso estirado ao chão,

compreendeu a trama e disse:

- Que palácio aconchegante! Quanto bom gosto! E como o ar exala um perfume

estonteante! Sinto-me como se estivesse num jardim!



Putzz, que macaco mais cínico!



O leão se enfureceu novamente e disse descontrolado: - Está ironizando?

Está zombando do seu rei? Pois toma lá... TABÉFE!!.... e com um forte golpe o

matou, impiedosamente.



Chegou a raposa e com a máxima cautela, ao ver estirados no chão os corpos

do urso e

do macaco, deduziu que no palácio real não é nada sensato ser absolutamente

sincera, nem extremamente bajuladora.... Sentiu-se diante de uma situação

delicada, que exigia sabedoria e muito bom tato para se

chegar a um final, se não feliz, pelo menos equilibrado, onde ao menos a

sua pele saísse ilesa.



- E você, que acha do meu palácio? - disse o rei, sem maiores rodeios.



- Para lhe ser franca e falando a verdade - disse a raposa educadamente -

não posso emitir uma opinião

correta. Fiz uma longa viagem, exposta à ardente luz do sol que ofuscou a

minha visão; pouco estou

conseguindo perceber aqui dentro. Peço-lhe desculpas pela situação

incômoda.



- Mas, o que me diz do cheiro? Normal ou insuportável? - continuou o rei,

que queria por que queria matar a coitada da raposa.



Este rei, cá pra nós, era um baita fiho-da-mãe, você também não acha?



- É outra coisa que não posso perceber, pois uma forte gripe afetou meu

olfato... disse a raposa.



Enfim, nada aconteceu à raposa, que agiu diligentemente, como sábia.



Não quis, com essa história, dizer que eu gostaria d ser uma raposa - minha

visão não é tão limitada e nem sou tão estúpido assim. Nunca negaria minha

vida pra ficar atacando aves e pequenos mamíferos, sem falar que não ficaria

nada bem com aquele monte de pêlos longos, focinho pontiagudo e cauda

comprida. Também não queria nem de longe ser o urso, o macaco ou o leão, que na

história foram personagens de pouca relevância.



Mas algo é certo: Tenho certa inveja daqueles que têm uma boa noção das

circunstâncias, e que por isso conseguem ter vários pontos de vistas, optando

por uma boa solução, que sempre resulta em algo bom.





"Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como

sábios..." (Efésios 5.15).







Até,

Anderson

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