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Artigos-->JORNALISTAS NO FRONT (uma entrevista) -- 13/11/2001 - 21:35 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A repórter Anne Gellinek (ZDF - um dos canais estatais de TV da Alemanha), sobre a nova pressão sobre os jornalistas e a relação com a morte



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Entrevista conduzida por Jörn Lauterbach (DIE WELT online)

Trad.: zé pedro antunes

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DIE WELT: Ainda hoje pretende avançar em direção à região do Afeganistão até há pouco ocupada pelo Taleban. Sente-se segura na empreitada?



Anne Gellinek: Entre os 250 jornalistas, reina um clima de partida. Alguns esperam há semanas por isso: chegar até Cabul. Mas estamos todos um pouco inseguros, sem saber sobre a segurança nas estradas, se todos os Taleban realmente desapareceram das cadeias de montanhas. A estrada que leva a Talucan é transitável, não devendo oferecer riscos. Mas isso apenas à luz do dia. O fato é que vamos viajar.



DIE WELT: De onde recebe essas informações sobre a segurança?



Gellinek: De um lado temos os funcionários do assim chamado Ministério das Relações Exteriores da Aliança do Norte, que não são muito confiáveis. A nossa equipe tem um motorista que já foi, ele próprio, comandante em outras campanhas. Ele sabe das coisas. No domingo, quando alguns jornalistas morreram, ele tinha nos alertado para o risco de empreender viagem por aquela passagem.



DIE WELT: Como foi discutida entre os seus colegas a morte dos jornalistas?



Gellinek: Eles viviam no nosso meio, e, nessa nossa comunidade, tínhamos até então a seguinte sensação: Se todos estão aqui, não é lá muito perigoso. O acontecimento nos deixou bem claro que é mesmo necessário ter algumas previsões. Não se sabe, por exemplo, se numa dessas montanhas não haverá um maluco de um defensor do Taleban a atirar em jeeps.



DIE WELT: Mas aumenta a pressão para que os jornalistas enviem rapidamente a primeira reportagem.



Gellinek: Sempre haverá colegas desejosos de, às próprias custas, conseguir chegar a Cabul. Depois de serem abatidos os jornalistas no domingo, nós discutíamos sobre o que se pode e sobre o que não se pode fazer. Mas é claro que existe essa pressão, dá para sentir um clima de competição. No nosso caso, por sorte isso não existe, pois o meu colega Dirk Sager já se encontra em Cabul. Mas ele ainda não possui margem de jogo suficiente. Por isso mesmo, de nada nos serviria também estar lá. Entre os colegas redatores, o panorama é naturalmente outro. Para eles, existe a pressão e, com ela, o perigo certamente só faz crescer. Mas espero que os acontecimentos de domingo façam com que os meus colegas se tornem mais cuidadosos. O país está simplesmente infestado de armas.



DIE WELT: Mudou o relacionamento entre os jornalistas e os representantes da Aliança do Norte? Por um lado, a verdade é que a senhora depende deles. Por outro lado, no entanto, já se ouvem relatos dos primeiros atos de crueldade por parte dos soldados.



Gellinek: Sempre dissemos que mesmo esses jovens da Aliança do Norte só podem ser vistos com uma certa reserva. Nas tropas, é claro, há verdadeiros criminosos. Não se trata de um exército bem estruturado como é o alemão, por exemplo. São homens que, como os Taleban, vivem do tráfico de drogas. E tampouco costumam tratar melhor suas mulheres. As pessoas com as quais temos de tratar são, no entanto, marcadas pelos valores ocidentais. Não têm nada a ver com a base dos combatentes.





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