Se amo, devo admitir a morte,
Que em tudo há,
Que a tudo pertence.
Meu Eu morreu,
Já não há mais meu:
Coração que floresce,
Alma que anoiteceu.
Tu, univer-ser –
Onipresente em vida
Onipotente no Tantra
Onisciente do parto –
Já não implora meu amor: dou-te,
Já não suplica minhas lágrimas: mar,
Já não devora minhas angústias: amar.
Já não sou e,
se ainda fosse: sua.
Despe-me do invólucro social,
e dê-me
o que já não lhe pertence.
Apenas Ser:
Comunhão.
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