"Milho & Alfafa Para Todos"
KaKá Ueno...23 07 02.
Lá vem eles novamente:
Com suas mascaras em comissão,
os tolos seguindo a pé...
Garantindo o emprego do amanhã:
Com o peito estufado,
atrás da cavalaria motorizada,
O resto seguem olhando
Os milhões guardados em casa.
Vejo um feudal:
Aquele homem sujo, que retém o poder.
Outro dia vi na TV, uma festa num castelo
Não pude ouvir os minuetos, a dança marcada,
entre damas e cavalheiros
Seus trajes de época...
e os serviçais em fila com às bandejas...
Na grande sala os convidados a espera:
A matriarca de velha sequê ficou curva...
Manteve o passado no presente.
E a dama de ferro,
presa num tempo,
não era passado era recente
Lá fora seus súditos a todos reverenciavam...
Backyran em festa
Uma festa modesta...
Tanto tempo se passaram:
E Deus continua salvando a Rainha...
Os cavalos também.
Há rumores de drogas na realeza...
Os soldados de chumbo,
Protegem o castelo.
Tão tosca visão:
Vejo minha cabeça,
numa guilhotina enferrujada
Um carrasco e uma forca,
Lá fora só nós,
e todos assistindo pela TV.
A torcida sentada:
Enforquem-na, conte-lhe a cabeça:
O som preso dentro das casas...
E ninguém veio me ver.
A cabeça rolava para um lado.
Enquanto o corpo caia para o outro,
E o carrasco ali deixou...
Saiu tranqüilo,
com a satisfação do dever cumprido.
A todos ele agradou
Os restos foram recolhidos,
com a pá, e uma vassoura...
Juntos outra vez, num saco:
O que me pertencia.
Havia um fio de vida...
Os músculos ainda tremiam
Godyva passeia pelada num cavalo manco:
Evita revira-se na tumba...
Peron tambien.
Tio San perde o respeito e a moral...
A marca do tiro no peito cravado,
E os valores por qual motivo não valem nada.
Diga-me Varga, valeu apena?
KaKá Ueno...23 07 02.
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