---- Contra o anódino tácito dos dias que decorrem não canso nem cansarei de escrever. doa-me o que me doer e doa seja a quem for.
---- Futebol, no Brasil e segundo parecer de estudiosos e analistas entendidos (!), tem pendores de consagrada religiosidade e teor de misteriosos e estranhos credos espirituais.
---- No altar-mór da santificada pelota está Pelé, o incontestável deus dos estádios e lídimo ex-activo da modalidade no mundo. De bolas de tudo e improvisadas balizas aos mais sofisticados artefactos futebolísticos, o garotinho brasileiro parte de sonho à vela até aos suados feitos de Romários, Ronaldinhos e quejandas vedetas, autênticos feitiços da arte de bem usinar o golo, esse invisível doping da alma e do corpo que os "portugueses" da América - e muitos de cá também - sufragam em delírio e sem desfalecimento.
---- Diz-se que uma onda de 180 milhões de almas se debruça, de mãos prenhes de esperança aos céus, sobre o seu amado escrete, quando a fabulosa camisinha de amarelinho canário se exibe nas ribaltas mundiais. Que fervoroso patriotismo se esgota em evoluções de nada!
---- Será o futebol a mais coerente promessa do futuro da humanidade ou tão só o paradigma evoluído das arenas de Nero?!