Esperança contida
no coração do homem,
a paixão mais vivida
sofrida
A luz do teu rosto
ilumina-me nas trevas,
plena dor, estranha dor,
sentida no corpo
O esplendor da dor,
como fonte de amor,
a estranha forma
de querer sempre mais
Sede, fome,
desejos humanos
consomem meu ser,
o desejo da carne
a volúpia do ser
que não se contenta,
o querer, acaba
e de novo volto a mim
Mas que ser e este
que encontro?
assombroso, macabro,
sedento?
Percebo que não havia
maquido os olhos,
para esconder a realidade
de mim mesmo
(25/11/1992) |