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Cartas-->A Aliança atenta dos silêncios. -- 17/07/2002 - 04:05 (Jose Antonio Teixeira Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Aliança atenta dos silêncios.
É uma criatura esplêndida, carregada de charme, segura de si, altiva. Por trás da sua capa vê-se uma doce, meiga, capaz das maiores aventuras. Dou comigo a olhar para ela, contemplativo, e ela sabe-o, sente-o. Deixo de olhar para ela e ela vira os olhos para mim. Eu sei-o, sinto-o .
É uma vaga por entre o silêncio.
É uma mulher que seduz sem palavras, por isso possui uma arma temível. Por trás daquele olhar, incrivelmente palavroso, fixo aqueles olhos verdes, lindos, tão expressivos e serenos. Parecem vazios de expressão mas com o seu sorriso aberto dizem tudo o que queremos saber.
O seu corpo, o quadril, o porte da cabeça, o brilho dos cabelos, os joelhos, ai os joelhos, as pernas, a cintura, as formas bonitas, os seios, os gestos graciosos, tudo nela produz encanto que admiro, por vezes como uma certa grosseria.
Peguei-lhe na mão, nos dedos finos para poder sentir o calor do corpo. Senti carinhosamente as mazelas provocadas pelo mau funcionamento orgânico. Senti o calafrio natural de quem gosta. Ela engole-me na sua magia. A alquimia do encontro não acontece. Mas sinto-me perto, sinto-me bem, sinto-me sereno.
Para vê-la preciso saber olha-la em silêncio. Sinto que gosta de ser acarinhada, contemplada, gosta de estar rodeada de atenções e afecto.
A nossa aliança baseia-se na cumplicidade atenta dos silêncios. Em silencio saberá descobrir e saberá enroscar-te no meu amor como se uma roupa aconchegante vestisse. O enroscar de uma serpente que de forma lenta e dócil apertará o meu corpo, esmagando-o e dele extraindo todo o calor.
O dia chegará em que na cumplicidade atenta dos silêncios, a verdadeira beleza do amor se fará graça e esforço, dádiva e conquista permanente.
O silêncio que se seguirá dirá tudo sobre a qualidade do prazer, ou das frustrações, sobre a verdadeira satisfação dos amantes, da sua eventual regeneração e da sua harmonia, nua.
É sempre um prazer estar com ela mesmo no silêncio.
Será sempre uma atenta aliança de silêncios.
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