Hugo Chaves assume na Venezuela, América do Sul, o papel que muitos déspotas assumiram antes, em seus países na Europa, África e Ásia.
Prendendo e arrebentando o monarca não admite opinião contrária a sua; se alguém ousa afirmar o que lhe desagrada, manda logo fechar o local, e suprime as liberdades.
O povo venezuelano pode esperar por um período bem longo de duração do domínio do Sr. Chaves. A história do pais está repleta de tiranos que se apossaram do comando por décadas.
Veja bem:
Em 1899 o general Cipriano Castro do estado de Táchira ocupou Caracas assumindo a presidência; durante 46 anos quatro militares de Táchira tomaram e mantiveram-se no poder sucessivamente.
Castro viajou para a Europa em 1908 deixando o general Gomes na presidência interina. Ocorre que o militar não desocupou a cadeira até 1935 quando morreu. Foram 27 anos sem novidade, de mesmice na presidência.
Oposição aos americanos
O soberano Chaves fez aliança com adversários dos Estados Unidos, comprou armamentos, reforçou o exército estendendo sua influência até a Bolívia.
Entusiasmado pelo ideário do rei, indo na onda, Evo Morales desapropriou uma unidade da Petrobrás na Bolívia provocando um prejuízo enorme para o Brasil. E auxiliado pela ingenuidade do governo do PSDB (Fernando Henrique Cardoso), faz o que quer com os preços do gás depois de estabelecida a dependência do Brasil ao produto.
Tudo isso concomitante com as ocorrências nos Estados Unidos: George Bush em represália aos ataques terroristas ao seu pais invadiu o Iraque, executou Sadan Hussein e tomou os poços de petróleo iraquianos; há quem diga ser possível durar essa disposição de vontade um século, no mínimo.
Ocorre que o petróleo é finito e a ocupação poderá ser por tempo menor. Então, para manter o pais andando os americanos precisam de outra fonte de energia que não seja o petróleo.
Ouro verde
Aos americanos, para a manutenção da hegemonia, interessa o álcool produzido no Brasil. E se não acontecer com a cana o mesmo com a borracha no princípio do século XX, o pais de Lula poderá dar as cartas na economia mundial por um bom tempo.
O Estado de São Paulo, nos dias atuais, tornou-se um mar verde. É cana por todo lado; e a tendência é a ampliação das áreas plantadas que se expandirão cada vez mais com a mecanização da colheita.