A morte não é o fim, é o princípio,
É a vida um imenso precipício,
Inexorável contagem regressiva,
Consome nosso tempo, corrosiva.
Não engane a si mesmo, não se iluda,
A própria sina, o destino, ninguém muda.
A folha carregada pelo vento,
Uma estrela a brilhar no firmamento,
Tudo tem um por quê, uma razão,
Um certo tempo de existir, de duração.
Já que tudo é um ciclo, uma mudança.
Morre o homem e volta uma criança,
A folha aduba a terra generosa,
Junta-se a estrela a uma nebulosa,
A noite nasce com o findar da tarde,
Vem a bonança, vai-se a tempestade,
Após o outono começa o inverno,
Moto-perpétuo, vai-e-vem eterno.
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