EDITORIAL
Aos vicentinos atuantes não é incomum ouvirem dizer ser a atividade por eles exercida muito paternalista. E que antes de tudo deve-se “ensinar a pescar, do que dar o peixe”. Ora, é necessário dizer aos tais críticos que os pobres, na sua grande maioria, não têm ou idade ou saúde suficiente para, digamos, “começar a pescar”. Quando entramos na casa do assistido, podemos observar a existência de um desses fatores mantenedores da situação de penúria.
A presença da doença ou idade bem avançada, geralmente tolhe a iniciativa de laboração. É necessário que se diga, nesse momento, serem muito raras as oportunidades de trabalho, para aqueles dependentes de contrato trabalhista. Há milhões de trabalhadores brasileiros sem qualquer vínculo laboral, sem carteira assinada.
Hoje se exige conhecimento de idioma estrangeiro, informática e formação superior em áreas tradicionais como Direto, Medicina ou Engenharia.
É bom dizer que a formação numa Universidade não vai garantir vaga de emprego a ninguém.
A fé, esperança e caridade devem nortear as ações do vicentino.
Deus pode tudo. Jesus nos garante que tudo o que ao Pai for solicitado, em nome dele (Jesus) será concedido. A esperança compõe a espiritualidade; pois não espera o lavrador, depois de lançadas as sementes, o frutificar do seu trabalho? E não espera também a mamãe o fruto do seu amor?
Sem caridade não se pode viver bem. Ela é o oposto do egoísmo, raiz de muitos males. A avareza pode ser considerada a cristalização do orgulho, da presunção.
Portanto, em Jesus Cristo que nos ensinou, por meio de Marcos, Mateus, Lucas e João como se deve chegar ao Pai, reside a nossa fonte de inspiração, o nosso “norte”; Jesus é a nossa bula de como proceder nas mais variadas situações. Jesus é o nosso médico, o nosso curador.
Por Jesus é que muitos pobres têm a assistência dos vicentinos. É por Jesus que recebemos e damos muitas graças.
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