O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (aquele da violação do painel do Senado), na tentativa de implantar no GDF o modelo da administração de empresas privadas, simplesmente travou a máquina do Estado e está atrasando a maioria dos serviços, inclusive serviços essenciais.
Ele chegou desbancando tudo, derrubando tudo, botando banca (ao estilo Collor como Caçador de Marajás , em Alagoas, na década de 1980) para mostrar quem é que manda no governo. Se é que manda alguma coisa. E o pior é que já anda falando sobre as próximas eleições para Presidente da República.
Voltando ao assunto de nosso artigo, vejamos apenas um exemplo: o desmantelamento da Secretaria de Saúde. Se todos os departamentos, quando ficavam em apenas um prédio, já não funcionavam bem, imaginem com o que o nosso governador está fazendo, mandando cada um para um lado, distantes geograficamente um do outro? Há pessoas que nem sabem para onde vão; outros estão se enciumando de seus respectivos locais de trabalho com a possibilidade de chegada de mais gente; muitos estão amontoados em pequeno cubículos, e assim por diante.
Alguns departamentos encaixotaram seus objetos (computadores, papéis, telefones, etc.), e se encontram à espera de um local para ir de mudança. Isso com cursos em andamento, ações correndo, sem poder receber ou efetuar ligações, enviar e receber e-mails, despachar papéis.
O curioso é que o objetivo de tais mudanças é econonizar o aluguel. Não sabe ele que vai gastar com motoristas e combustível para um leva e traz de documentos de um departamento para outro, e atrasando todos os serviços.
Além do mais, o digníssimo governador ainda quer terceirizar certos segmentos da Saúde do Distrito Federal. Que interesses pessoais ou partidários estão por trás disso? O que ganha a população - tão maltratada nos hospitais públicos pelo descaso e falta de serviços e médicos - com essa "privatização" sem estudos e sem fundamentos? Provavelmente, ainda mais sacrifícios e descasos.
O que o nosso governador se esqueceu é que os departamentos das empresas funcionam em um único prédio ou em um complexo administrativo, e não espalhados para todos os cantos da cidade (no caso do DF, em várias regiões administrativas). E o pior é que ele está se achando o máximo com seu estilo estabanado de gerir a administração do Distrito Federal.
*Prof. Maurício Apolinário
é autor do livro "A arte da guerra para professores"
Contato pelo site: www.mauricioapolinario.recantodasletras.com.br
