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cronicas-->O corpo -- 10/03/2002 - 08:43 (Maria Dalva Junqueira Guimarães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O corpo
"...Desvesti meus vestidos
de linhas, amoras e luas(...).
Madrugadas desenhadas
Na geografia calada
de meu pêlo."
AUGUSTA FARO

A
nita, um corpo delineado na mente do homem.
Furta-colorindo a polpa gota gotejante do sonho, a têmpera de cera, forte àmbar vindo do colo corroído, pingo morno, voadejando a pétala pejada e só. Repousa levitando no círculo do sonho... Dedos longos, tez, círios que lampejam na noite fria.
O esmalte vivo do lábio crespo, o morno olhar, fincando quantas vezes no vermelho borrão do ocaso. A cintura tão macia e a pálpebra fibrosa. sente romper-se um lírio. Uma gaivota quase pousa em seus cabelos. Os olhos, onde nascem os so-nhos, que bóiam como jangadas, num verde trono de vaga.
Onde passa colhe histórias soluçadas ao ouvido, que nos deixa ouvindo saga no contorno dos seus lábios, que nunca mais se apagam.
Mergulho na pátina cromada daquele sol de mercúrio. O fogo, à luz, a síncope noturna de seu olhar. Me vejo, me acho no raiar do tempo sob a mira de um olho que bóia no espaço, como nuvens no imenso azul e indagam aos caminhos de onde vieram.
Uma bússola, uma estrada, um claro sol, que me ilumina, a mim que mal conheço o enredo dessa sua história mal rimada.
Se o mar polir das conchas todas as memórias, na certa vai nascer a sua história com alvas margaridas transparentes, e vem tecer um nome - Anita!
Será verde o orvalhado pelo pranto de olhos de lua, a luz trêmula, como pedra apagada em crespa enseada.
Revendo Anita, hoje eu sinto que a saudade era a noite. A mantilha ne-gra, as maçãs na face são passarinhos possuídos pelo sol liberados de insónias e an-gústias.
Um corpo fotografo na retina - Anita.
Verdes os ramos da paixão de que os reais amantes não esquecem seu aroma e o sabor silvestre.
Maria Dalva (Madellon)

Prêmio ASEFE - BrSILIA/DF, 1994;
Pêmio XICóATIL(Zienhender Stern)Nummer 16/17 Nov./Feb 1995 - Salzburg, Austria.







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