Sonhos...
Ah!, moça... Se você soubesse
Do que os seus olhinhos me são fonte...!
E foz... Talvez você se risse, ou, de faces rosadas,
Esconderia de mim esses seus espirais...
Ah!, moça dos olhos de sombras e estrelas...
Donde vem esse raio que lhe irrompe?
E por que fustiga minha alma em depravações voluptuosas que,
Para falar a verdade, eu adoro sentir...?
E teus lábios... Que fulgor insano me invade o coração
Ao senti-los arfar seu hálito mágico em meu ar...!
Roubando-me a razão e os sentidos já tão escassos
Para me levar a passear entre as estrelas...!
Ah! Esse calor que já não me cobre apenas as faces...!
Lança uma maldição em meu corpo, e - ráios! - eu bem que a quero!
De ser louco por ti, moça, enquanto houver força em minha alma
Enquanto houver noites e estrelas e sonhos onde eu possa te encontrar!
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