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Poesias-->Naufrágio -- 01/08/2002 - 14:09 (Julianna Granjeia Silva) |
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Olhos fechados
Qualquer um pode ver
Pulsos acorrentados
Qualquer um pode sofrer
Passos apressados
Qualquer um pode correr
Nariz ensangüentado
O destino pode perceber
Ouvidos indignados
Qualquer um pode retroceder
Eloqüente elucidado
O acaso pode remanescer
Demente embriagado
Qualquer um pode enlouquecer
Negligente humilhado
Qualquer um pode putrefazer
Asas quebradas
Qualquer um pode voar
Auréola roubada
Não se pode confiar
Infâmia honrada
Qualquer um pode subornar
Insanidade degradada
Todos podem degustar
Puritanista desregrada
Qualquer uma pode se tornar
Esgoto transbordado
Todos podem mergulhar
Lixo acumulado
Qualquer um pode escarafunchar
Veneno espalhado
Todos podem navegar
E qualquer um pode naufragar
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