MAHATMA
Assim te chamaram,
Pequena criança,
Que te abandonaram,
Sem nenhuma esperança.
Teu corpo todo inchado,
Num estado deprimente,
Sem tratamento adequado,
Internada, muito doente.
Sofres o abandono,
O mundo te esqueceu,
Como alguém sem dono,
Que tudo perdeu.
Teu corpo pequenino,
Porém grande no sofrer,
Tens apenas cinco aninhos,
Sem esperança de viver.
Vives no puro esquecimento,
Sem amparo e sem amor,
Só Deus sabe teu sofrimento,
Ninguém pode avaliar tua dor.
João C. de Vasconcelos
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