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Poesias-->Sem Título -- 18/06/2000 - 21:16 (Magno Antonio Correia de Mello) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eu me calo com a resposta engasgada

numa garganta onde não há mais espaço

capaz de absorver a constante pancada

que é tudo que ofereces ao meu cansaço.





Eu derreto como na fornalha o aço

ante a indiferença petrificada

com que bifurcas a tortuosa estrada

e sadicamente confundes meu passo.





Eu, no entanto, independo cada dia mais

de ti. Cada minuto é mais liberto

que o anterior da imensa corrente.





E um dia, na noite escura e inclemente

em que me sonharias protetor e perto,

eu estarei longe, sereno, altivo, em paz.
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