146 usuários online |
| |
|
Poesias-->O SILÊNCIO E OUTROS ABRIGOS -- 03/08/2002 - 07:25 (Anderson Christofoletti) |
|
|
| |
O SILÊNCIO E OUTROS ABRIGOS
O silêncio indiferente
Dos passos clandestinos
Arquiteta uma rotina,
Desaparece no branco das esquinas.
As paredes de meu quarto
Sabem de minhas horas feridas,
Dos sonhos acesos
E das lágrimas caídas.
Sabem que sinto
- Apesar da poeira nos olhos
E da adaga no peito -.
Sabem que ainda tenho este defeito:
Sinto.
Resto
Nesta raspa de esperança
Que sangra a vidraça mais e mais baça.
A dor passa .
As linhas depressivas
- Talvez dramáticas-
Dizem um pouco de um ser humano.
É
A pena pulsa
Ela carrega o sangue de minhas veias.
A pena é verdadeira
(Sabe mentir, mas é verdadeira).
Não sei domar este vórtice...
Ela grita.
E queima em minhas mãos...
...Não , não vou esconder-me
De mim mesmo.
Não vou pintar um céu estrelado
Neste dia nublado.
Não vou fitar a vida que explode num ninho,
Se o galho seco é parte do que apodrece num canto sozinho.
©Anderson Christofoletti
|
|