Saltitava e encantava, a menina
De ingenuidade enorme
Que assusta, mas fascina
Num ritmo frenético por acaso
Dançando, ensaiando pra escola
Suando, como todas
Atiçando como nenhuma
Ateando o meu fogo
Num pecado que insinua
O despotismo da libido sobre o tempo
As pernas grossas e os seios
Contudo ainda pequenos
Numa sensualidade avassaladora e impúbere
A jovem musculatura
Esticando e contraindo
E o desejo me pedindo
Pra ficar só mais um pouco
Naquele contorcionismo proibido
Virei ao lado, comentei
E meu amigo já sabia
Nem Kundera conhecia
O charme daquela menina