UMA EUROPA SEM VALORES
Um povo sem valores nem princípios é um povo decadente, sem força, incapaz de defender a sua nação, a sua Fé. Os europeus sempre tiveram os seus valores assentes nos princípios da Fé Cristã, do Patriotismo e da Família, que os levaram ao mais alto estádio civilizacional jamais atingido pela Humanidade e que propagaram por todo o mundo como uma vanguarda civilizadora, levando o progresso aos povos estagnados. Hoje, dominados pelo neo-liberalismo laico, vão perdendo a Fé, substituindo-a pelo hedonismo materialista que os leva ao consumismo e aos prazeres efémeros do mundo físico. Os valores da Família vão dando lugar ao sexo livre e às uniões de facto; os valores da Pátria estão a ser combatidos, talvez por prejudicarem o internacionalismo que permite a livre circulação de capitais, pessoas e bens no processo de globalização económica em curso.
Em troca dos seus antigos valores o que estão a dar aos europeus? Dizem que são os valores da Democracia. Mas que democracia é esta que só vem defendendo os interesses do grande capital e vai retirando, aos trabalhadores, o próprio trabalho e os direitos e regalias conquistados ao longo do século XX?
O que temos agora é uma Europa dominada pelos banqueiros, um instrumento da globalização económica neoliberal, sem crença, indefesa e inoperante que destruiu os seus exércitos e as suas fronteiras e incapaz agora de defender a vida das suas populações, expondo-as às ameaças de qualquer grupo terrorista que, no seu espaço, se movimenta livremente, graças às leis permissivas e inadequadas à nova situação.
O que será preciso acontecer mais para que os burocratas europeus se consciencializem de que estamos em guerra, numa guerra que poderá vir a ser total ou apocalíptica e em vez de se dividirem em estúpidas e cobardes manifestações contra a América, o único país capaz de nos defender, comecem antes a agir, coesos e sem tibiezas, expulsando os milhares de terroristas islâmicos que se acoitam nas suas cidades, aguardando ordens de semear a morte entre as populações? Não bastaram já mais de 3000 mortes em Nova Iorque e agora mais 200 em Espanha? Ou será preciso que caiam bombas na CE, em Bruxelas e no PE, em Estrasburgo, para se mexerem, deixando o blá blá e as alcatifas dos gabinetes onde se fecham a teorizar?
16/03/04
Reinaldo Beça
(reibessa@hotmail.com)
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