O Senado rejeitou nesta quarta-feira a resolução que pedia a cassação do mandato do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Para ser cassado, Renan precisaria ter recebido 41 votos favoráveis à perda do mandato.
A margem de absolvição foi mínima: 35 votaram pela cassação de Renan e 40 pela absolvição e seis abstenções. Prosseguem agora mais três processos no Conselho de Ética por quebra de decoro.
Neste processo, Renan foi acusado de ter utilizado recursos da construtora Mendes Júnior para pagar despesas pessoais, como aluguel e pensão alimentícia à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha.
Na semana passada, o Conselho de Ética do Senado aprovou o relatório dos senadores Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES) que recomendava a cassação do mandato de Renan por quebra de decoro parlamentar.
No relatório, Serrano e Casagrande apontaram oito razões para o peemedebista perder o mandato. Entre elas, o fato do senador ter usado lobista da empreiteira para intermediar o pagamento de pensão alimentícia à jornalista e, também, não conseguir comprovar que tinha recursos suficientes para pagar a obrigação.
Cogita-se que Renan seja pressionado, pelo Planalto, a deixar a presidência do Senado para se defender das demais acusações que versam sobre suposto beneficio a empresa Schincariol junto ao INSS; grilagem de terras em Alagoas com seu irmão, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL); de que teria usado laranjas para a compra de rádios e um jornal em Alagoas; e de que teria participado de um esquema de desvio, bem como de lavagem de dinheiro em ministérios chefiados pelo PMDB.
