Zapeando ontem à noite pelos canais da TV aberta parei por algum tempo no A PRAÇA É NOSSA do SBT. Ô derrota! Uma sensação terrível de perda de tempo apossou-se do meu espírito. Nunca vi tanto mau gosto, humor artificial e desnatural, reunidos num só espaço como naquele programa moribundo.
O pobre Manoel da Nóbrega se visse o que estão impingindo ao público do SBT, certamente aconselharia mais sensatez, mais previdência e cuidado com a possibilidade da derrocada iminente.
A impropriedade e amadorismo das atuações foram notórios; faltou profissionalismo aos atores e atrizes. Os textos, bem grosseiros, não provocaram o riso nem mesmo com o uso excessivo da claque.
Na verdade tratou-se de tentativas frustradas de fazer humor, e que expressaram o ilegítimo, o sem graça, a falta de jeito, o muito forçado, e bem postiço.
Quem dissesse ser tudo aquilo um grupo errado, num momento errado e na hora errada, certamente não excederia.
Ah, Nóbrega se pudesses ver a que ponto chegou a imitação daqueles programas inventados por você!
Com exceção da atuação de Moacir Franco, com aquela enxada na costa, peruca de Maria-chiquinha e texto sutil, mas tênue, o que sobrou foi um aglomerado de tolices grossas.
Qual patrocinador insistiria em manter associadas à imagem dos seus produtos tanta falta de jeito e naturalidade, daquelas manifestações árduas, excessivas e custosas?
Pelo que eu sei o Carlos Alberto, filho do finado Manoel pode melhorar. Será que vai?
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