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Poesias-->A Cidade -- 04/08/2002 - 03:47 (Claudio Adriano Elias Soares) |
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Vai anoitecendo
Aos poucos a cidade vai morrendo
Seu rítmo vai diminuindo
Os centros comerciais perdem
Suas loucuras de cotidiano
Mas morrendo a cidade
Vai nascendo aos poucos
A personalidade de sua população
Modificando sua fisionomia
A tornando amorosa
No encontro dos namorados
Ficando violenta
No confronto dos inimigos
Na impunidade dos bandidos
Encontrando a paz
No sono dos inocentes
Os boêmios cantam para a lua
Canções cujo as letras não são entendidas
Em suas embriaguês
Com a qual esquecem a vida
Vai amanhecendo
A cidade se ressucita
As pessoas se dispertam
A loucura recomeça
Desde a ressaca dos boêmios
Até as palavras do poeta
Na dor dos doentes
Na esmola dos mendigos
Da pressa do trabalhador
Às brincadeiras dos meninos
E que minhas palavras sirvam de alerta
Para todas pessoas perdidas
Nesta selva de pedra
Pois se a cidade
Esta vida perder
Nós também
Nos perdemos com ela
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