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Erotico-->UM OUTRO TIPO DE PRAZER -- 25/09/2002 - 00:24 (Danna D.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sou uma criatura peculiar. Um mosaico de personalidades. Peco pela mais absoluta canalhice, traio com facilidade e sou uma sedutora nata. Adoro o ato de conquistar e desprezo o fácil. Sinto prazer em distorções, atos abjetos, enfim, gosto de tudo que não presta!

Paradoxalmente sou uma mulher plena de boas intenções, capaz de atitudes meritórias e pureza de sentimentos. Porto-me, às vezes com a inocência de uma criança e procuro fazer o bem acima de todas as coisas. Quando amo quero que seja para sempre e se faço mal ao meu amado estou destruindo e odiando a mim mesma.
Quem entende uma coisa dessas?

Conheci o sexo de forma incestuosa na infância e na adolescência só encontrei homens que se aproveitaram de mim. Uma coisa, entretanto, eles tinham em comum: gostavam de me bater. À princípio detestei esta experiência, afinal ninguém gosta de ser estapeada em plena Cinelândia, por uma crise de ciúmes do namorado.
Mais tarde passei a apreciar aquelas pancadinhas de amor, administradas no auge do tesão. Chegava inclusive a pedir para apanhar. Alguns não compreendiam, outros batiam com cuidado para não me machucar. Certos namorados boquirrotos passaram a espalhar que eu era chegada à porrada e aí, já viram, né? A fama estava feita....

Por indicação de um amigo do meu pai fui trabalhar como estagiária em um escritório de advocacia e ali encontrei, na figura de um dos sócios, um homem bem mais velho que eu, o qual elegi como alvo da minha próxima conquista. Tratava-se de um experiente criminalista que só de botar os olhos na minha figura percebeu com quem estava lidando. Ignorou-me solenemente nas primeiras semanas, embora o escritório todo estivesse de olho nas minhas mini saias. E eu, só de olho nele. Ah, aqueles olhos semi-oblíquos castanho-esverdeados me tiravam do sério. E o bandido me tratando com tanta seriedade...

Certo dia, chegando mais cedo que de costume, ao sair do meu carrinho quase fui atropelada por um Mercedes, último modelo. Fiquei encurralada em uma parede da garagem e o veículo freiou bem próximo a mim. Tive vontade de fazer xixi na calcinha tal o susto. O motorista saltou calmamente e me sorriu:
- A Senhorita tem cara de quem gosta de prazeres violentos.
- Eeuuu? Não sabia se ria ou chorava, minhas pernas estavam bambas. Era ele!
- Tudo bem? Continuava sorrindo, irônico.
Daquele dia em diante passou a me chamar para examinar e resumir processos, em sua sala. Tratava-me cortesmente, mas com uma certa distância, e eu me comportava como uma menininha assustada, até esquecendo de mostrar as belas pernas bronzeadas. Um dia me comunicou que iríamos visitar um cliente importante que morava na Estrada de Furnas. Fui na maior ingenuidade carregando várias pastas com os processos e, a seu pedido, me sentei ao seu lado no carro. Eu guardava uma má lembrança daquele Mercedes mas não pude deixar de admirar suas linhas perfeitas, o conforto dos bancos e a ausência de barulho do motor. Subitamente, no meio do caminho, em plena estrada deserta, parou o carro:
- Sabe que eu te adoro?
- O senhor?
- Pára com esse senhor. Meu nome é Wilson.
- Sim, senhor.
Wilson riu e me puxou para ele. Toda envergonhada, eu nem parecia aquela menina sacana e falada. Acariciou-me o cabelo comprido castanho, anelado, e como se fosse uma garotinha me deixei levar permitindo que me beijasse. Senti sua língua forçando meus lábios, abri-os, lânguida, passiva. Uma das suas mãos me acariciou o seio sobre a blusa e começou a descer. Despertando como de um sonho me encostei toda nele, sentindo sua machesa, seu tesão. Beijamo-nos freneticamente, chupando um a língua do outro, a saliva escorrendo pela boca.; eu toda entregue, me desmanchando. Senti-o apalpar a calcinha molhada:
- Olha só como tá isso!
Enlouquecida, comecei a morder o lóbulo da sua orelha, a lamber seu pomo de Adão, a esfregar meu corpo no dele. Subitamente uma bofetada estalou em meu rosto com tanta violência que cambaleei, o susto me levando a engolir as lágrimas. Nunca ninguém havia me batido daquele jeito! Passei a mão na face vermelha, olhando-o assustada. Sem uma palavra abriu a braguilha e exibiu aquele monumento, aquele pênis portentoso em que as veias ressaltavam como se fossem os afluentes de um rio. Abaixei-me, excitadíssima, e instintivamente o suguei com paixão, sentindo seu pau vibrar, latejar, o gozo querendo explodir. Compreendia naquele momento, em toda sua magnitude, a associação latente em meu inconsciente – dor e prazer! De repente, como se adivinhasse meu desejo de sugá-lo à exaustão, como um bezerro a se alimentar, suspendeu-me pelos cabelos e disse:
- Não, não vou te dar! Tenho um encontro com uma de minhas mulheres daqui a pouco e vou dar esse presente pra ela. Mas pode ficar tranqüila que te colocarei na agenda. Assim que tiver vaga, te chamo.
Envergonhada, comecei a chorar convulsivamente.; nunca ninguém fizera isso comigo. Estava confusa e desnorteada. Ele me abraçou carinhosamente:
- Não chora, neném. Que é isso? Mas que coisa feia.
- Não faz isso comigo, por favor, tô pedindo.
Eu falava em meio aos soluços, me sentindo perdida. Pior: estava apaixonada.
- Você é uma menina convencida, uma galinhazinha que gosta de seduzir os homens pra depois os jogar no lixo. Mas comigo vai ser diferente, tá ouvindo? Vou te viciar em mim. Vou me tornar imprescindível a você. E sabe porquê? Porque não tenho pena! Porque te bato sem pena, tá ouvindo?
Como uma criança abracei-me em seu peito largo, sentindo-me protegida. Era como uma aquiescência.; pela primeira vez entendia a complexidade do meu temperamento.
- Te amo, murmurei. Queria tanto que você me quisesse, que cuidasse de mim!
- Franga! Rosnou ele acariciando-me os cabelos.

A partir deste momento estabeleceu-se entre nós uma relação consentida de domínio e submissão. Nada fazia sem o consultar e acatava respeitosamente todas suas ordens, afinal ele era o mais velho, e eu lhe pertencia.
Fui autorizada a freqüentar regularmente sua casa. Sabia que outras mulheres também o faziam, mas me conformava com a idéia de que um dia o teria somente para mim.
Na cama, obedecíamos a uma liturgia que consistia, preliminarmente, em ter meus braços estendidos em cruz, imobilizados por suas fortes coxas. Para tal ele se sentava em meu tronco com toda a força e a seguir me esbofeteava com violência, impedindo o menor esboço de defesa. Excitado, gritava e me xingava enquanto batia com intensidade crescente, e embora aquela situação me amedrontasse, cada vez mais me sentia presa e atraída. Por mais que lutasse não havia a menor possibilidade de escapar, dada sua força física. Minha única arma era o olhar, sim, era com os olhos cheios de raiva e por vezes marejados de lágrimas que o enfrentava, e o desafiava a bater mais, cada vez mais, rompendo com minha resistência adquirida à dor todos os limites possíveis e imagináveis! Esse ritual culminava no momento em que as forças me abandonavam, quase me levando ao desfalecimento. Com um só golpe, Wilson me forçava a abrir a boca e me fodia impiedosamente até a ejaculação. Sempre engoli tudo, e algumas vezes semiconsciente julgava que ia me afogar em seu esperma abundante e espesso. Morte gloriosa!
Chamava-mos a esta cena CRUCIFICAÇÃO.

Finalmente, após ter gozado, Wilson se levantava enquanto eu, inebriada, me arrastava pelo chão tentando lhe abraçar as pernas e lhe beijar os pés, excitada, gulosa, provavelmente querendo secá-lo completamente. Desvencilhava-se de chofre me olhando com desprezo estudado:
- Bezerra! Onde eu cuspo?
Como resposta eu abria a boca. Ele o fazia e depois sorria, misto de sarcasmo e paixão:
- Sabe o que você é? ESCRAVA. Você não passa de uma escrava, vítima da sua própria depravação!
Verdade, tudo explicado e compreendido...

24/09/02


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