Usina de Letras
Usina de Letras
145 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62218 )

Cartas ( 21334)

Contos (13261)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10358)

Erótico (13569)

Frases (50610)

Humor (20031)

Infantil (5430)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3304)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6187)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Santa Maria, a política e o Mercosul -- 17/10/2007 - 03:06 (Elen Dayane Almeida) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
*Bela Bittencourt



Vamos ignorar o que a cidade de Santa Maria, nas vésperas dos seus 150 anos, já produziu de histórica política. Vamos romper as fronteiras e focar o cenário nacional, esquecer que apesar de a administração municipal ser íntima do governo federal, há outros líderes políticos de diferentes partidos na base aliada. Todos esses santa-marienses – do ontem e do presente – de alguma forma conspiram para o progresso.

Como se não bastasse o saldo de projetos na área de economia solidária – hoje atrativo para povos que vêem no município possibilidade de sucesso – as relações internacionais parecem expandir as divisas. O bom relacionamento do município com países da Europa sugere mais do que propriamente vemos após cada congresso.

É óbvio que o pólo de pesquisa mantido pelas universidades instaladas do chamado “coração do Rio Grande” é ainda o que norteia as expectativas do poder público e consequentemente, do privado que não desisti de investir.

Por instante é como se os estrangeiros fossem brasileiros uma vez: esquecem o que viram e ouviram da nossa economia, ou melhor, da economia deste país que já teve o Plano Collor e que agora vê a justiça devolver parte do prejuízo de um povo que precisou derrubar o único presidente que ousou estreitar a ligação entre os povos.

É preciso reconhecer: se começamos a viver a expectativa de receber o I Encontro Cidades Integradas do Mercosul – Mercado Comum do Sul, que tem novamente esta finalidade, unir os países, é porque lá atrás, na época do destemido e azarado (corrupto, segundo o julgamento da maioria) Fernando Collor de Mello houve uma iniciativa que mudou a visão econômica das nações latinas. E haveria de ter uma saída para todos os problemas que se sucederam...

À época, a principal iniciativa do governo na área de política externa se resumiu em uma viagem à Argentina, por volta do mês de julho de 1990, quando Collor acertou com o presidente Carlos Menem a formação de um mercado comum entre os dois países, que deveria começar a funcionar em dezembro de 1994.

E passado e presente se cruzam de novo. Não é isso o que tem feito o nosso diretor geral da secretaria de Relações Internacionais, Gerri Machado? Vai à Argentina, ao Uruguai, enfim, buscando esperança para o Valdeci (lê-se, o prefeito de Santa Maria Valdeci Oliveira, PT) continuar sonhando com uma administração diferente para o povo, esse mesmo povo da economia solidária, do Chile ou do Paraguai que agora se espelham no Esperança Co-Esperança, por exemplo, para criarem cooperativas, grupos de trabalho com finalidade comum.

E não é só agora que o tempo parece ir e vir. Collor colocou em prática uma decisão tomada em 1967 pelos chefes de governo sul-americanos, reunidos em Punta del Este (Uruguai). Naquela ocasião discutia-se a criação no prazo de 15 anos a partir de 1970, de um mercado comum latino-americano, acredita? Durante o governo Sarney, o Brasil assinara com a Argentina o Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento, pelo qual a unificação dos mercados dos dois países seria feita em dez anos. A antecipação da vigência do acordo por Collor foi estimulada pelo discurso que o presidente norte-americano George Bush pronunciou em 27 de junho de 1990, quando propôs um novo tipo de relacionamento entre o seu país e a América Latina, que se traduziria num mercado comum que se estenderia do Alasca à Terra do Fogo. Assim, o mercado comum argentino-brasileiro seria uma resposta à proposta do presidente norte-americano, e, por meio dele, os países do Sul criariam condições para uma integração vantajosa num futuro mercado de toda a América.

Menos de um ano depois, Collor participou, no dia 26, em Assunção, da criação oficial do Mercosul juntamente com os presidentes Carlos Menem, da Argentina; Andrés Rodriguez, do Paraguai; e Luiz Alberto Lacalle, do Uruguai.

José Sarney é um dos ex-presidentes que estará em Santa Maria para falar da ligação dos povos que depende de atitude política para só então impactar as economias, seja ela qual for, de que país for. O que será que ele vai falar?



*é jornalista

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui