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Poesias-->Poema Virginal -- 07/08/2002 - 19:15 (Valéria Tarelho) |
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Este poema vai ao teu encontro rasurado
puro como eu nasceu
Não quero que perca a essência
nem a ingenuidade naturalidade
camuflado com tantas mentiras meias verdades
Só fiz uma leve limpeza
deixando à mostra a origem
e tristezas asperezas
São marcas detalhes aparentes
texturas rugosas
que mil demãos de tinta não disfarçam tingem
nem atenuam aplainam
Se fosse maquiado polido e lapidado
perderia a delicadeza forma e a beleza
a rudimentar malícia primariamente rústica
Quero algo sem vícios com um toque de pecado
que cheire a limpeza natureza
ecoe no ar feito música
não quero um verso certinho bonitinho
todo enfeitadinho e perfeito
A vida não é um mar de rosas perfeita
tem lá seus desbotados suas impurezas
e arranhões erupções
Porque o meu poema
teria que ser diferente?
Provavelmente Pode ser que não te agrade
mas, enfim, nasceu de mim assim
e me pede que o mantenha virgem
do princípio ao fim
Transparente, cristalino, genuíno inocente
genuíno, límpido, claro
imaculado, singelo, casto, imaculado
Esse é o verso que rabisquei
e quase abortei joguei na lixeira
mas está recuperado
assim como eu
escrito à minha maneira.
Valéria Tarelho - 07/08/02
http://almadepoeta.weblogger.com.br |
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