Usina de Letras
Usina de Letras
43 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62244 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10450)

Cronicas (22538)

Discursos (3239)

Ensaios - (10372)

Erótico (13571)

Frases (50643)

Humor (20033)

Infantil (5441)

Infanto Juvenil (4770)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140812)

Redação (3308)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6199)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Perdendo o bonde da história -- 27/10/2007 - 17:34 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Perdendo o bonde da história



Fernando Zocca







O hábito de incendiar a vegetação para depois usufruir benefício é bem antigo. Antes mesmo da chegada dos portugueses ao nosso território, os indígenas usavam o método conhecido como coivara.

Com o ciclo do açúcar instalado pelos portugueses (mesmo antes de descobrirem o Brasil eram os maiores produtores), a tal prática de incendiar os canaviais tornou-se parte da técnica da colheita.

Esse método atravessou os séculos: botar fogo em canavial tem mais de 400 anos de história.

Acontece que do início da civilização brasileira até os dias atuais, o desenvolvimento tecnológico evoluiu tanto, produziu tanta máquina consumidora de combustíveis fósseis que até o clima do planeta está ameaçado.

Então, existem organismos internacionais que, monitorando as mudanças havidas na terra, alertam para o fato de que o aquecimento produzido pela queima desses tais combustíveis fósseis está gerando o derretimento das calotas polares.

Esse derretimento anunciado à exaustão há algum tempo, tem feito aumentar a quantidade da matéria líquida água nos oceanos e a conseqüente evaporação.

Se há mais evaporação há mais chuva e com elas as inundações.

Ora, inundação significa prejuízo material, perda de bens móveis e imóveis, vidas, destruição e atraso geral.

Então como evitar ou retardar a tal destruição provocada por tanta água? Uma das respostas seria restringir as grandes queimadas e o uso de combustíveis alternativos.

Isso inclui a substituição das queimadas dos canaviais pela coleta mecanizada. Mas você acha que é fácil mudar do dia para a noite os tais hábitos seculares? Não é brinquedo não!

No caso de Piracicaba foi preciso um vereador laborar uma lei tornando proibida a queima dentro do perímetro do município. Mesmo assim depois de uma luta ferrenha, com avanços e retiradas, houve a necessidade do Ministério Público Paulista solicitar ao Judiciário o cumprimento das leis municipais, estaduais e federais, que regulam essa matéria.

Coube ao representante do MP paulista promotor de Justiça Fábio Salem de Carvalho o encargo de promover a Ação Civil Pública contra a Associação dos Fornecedores de Cana de Piracicaba (Afocapi), para que as queimadas fossem suspensas.

O processo tramita na 3a. Vara Cível de Piracicaba e já no início um revés: a liminar pedida pelo Ministério Público foi indeferida pelo magistrado Lourenço Carmelo Torres.

A Associação dos Fornecedores de Cana de Piracicaba (Afocapi) é um grupo formado por oito usinas de açúcar. Considerando que um processo dessa magnitude consuma, no mínimo uns quinze anos, da propositura inicial até a decisão definitiva, pode-se concluir que os ares ainda serão aquecidos pelas queimadas, apesar de todas as desvantagens mostradas diariamente pelas TVs.

Parece que perdemos os primeiros lugares nesse bonde histórico que traz as mudanças dos comportamentos seculares.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui