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Artigos-->A festa dos especuladores -- 29/10/2007 - 12:37 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Prezado Sr. Ermírio,



Parabéns pelo elucidativo artigo "A festa dos especuladores". Para o Brasil se desenvolver de verdade, precisamos de empresários como o senhor, que aplicam o dinheiro em indústrias, não dessa malta que se beneficia desse arremedo de capitalismo que temos por aqui. Infelizmente, ainda vivemos num sistema mercantilista dos tempos de Pombal, onde impera o patrimonialismo, o coronelismo, o fisiologismo - hoje em dia ainda piorado com o governo fascicomunista que nos explora a todos. Precisamos privatizar as estatais e diminuir o centralismo do poder em Brasília. Lula, a exemplo de seus antecessessores, não é um presidente, mas um imperador, "His majesty", que tudo abocanha e nada resolve, a exemplo dos problemas vistos na Educação, na Saúde e na Segurança Pública. A saída é modificar o sistema administrativo, de modo que se dê força maior aos governadores e aos prefeitos. Afinal de contas, todos nós vivemos no município, não na União. Chega de Governo Nacional! Precisamos, com urgência, de um verdadeiro Governo Federal, em que todas as unidades federativas tenham efetivamente o direito natural de governar, o que se espera de uma autêntica República Federativa do Brasil.



Atenciosamente,



Félix Maier



www.midiasemmascara.com.br





***



A festa dos especuladores



Antônio Ermírio de Moraes



HÁ COISAS que sabemos, mas que só nos abalam quando chega a frieza dos números.



Reportagem publicada na Folha dá conta de que os estrangeiros que compraram papéis do governo em fevereiro de 2006 tiveram um ganho de 90%. Quase dobraram o seu patrimônio ("Título público rende o dobro a estrangeiro", Dinheiro, pág. B1, 22/10/07).



Nesse período, (1) os juros pagos aos aplicadores ficaram nas nuvens; (2) o governo os isentou do Imposto de Renda; (3) o real se valorizou de forma expressiva. Não conheço negócio legal que consiga gerar 90% de lucro em pouco mais de um ano.



Logo que foi aprovada a isenção do Imposto de Renda, comentei nesta coluna que o expediente iria provocar uma enxurrada de dólares - ávidos por ganharem juros altíssimos, sem despesas.



Quem ficou na especulação teve todas essas benesses. Os impostos arrasadores ficaram para os brasileiros que produzem e para os trabalhadores que suam suas camisas diariamente. Os juros mais altos do mundo foram pagos pelas empresas e consumidores do Brasil. A precariedade da infra-estrutura, da educação, da saúde, da segurança e da previdência teve de ser amargada por quem dá duro na economia real.



O aplicador brasileiro que mandou seu dinheiro para fora e voltou para dar uma "bicicletada" no Brasil, também ganhou os 90%, porque re-entrou como capital estrangeiro. Foi a festa dos especuladores. Com inflação ou sem inflação, eles sempre fazem rodar a seu favor a nefasta ciranda financeira.



Não tenho nada contra o capital estrangeiro. Ao contrário, precisamos dele. Mas o que nos interessa é o capital que se disponha a correr os riscos da produção, construindo fábricas, montando fazendas, expandindo serviços, fazendo escolas e, com isso, contribuindo para a geração de empregos e arrecadação de impostos.



Ora, esse pessoal começa com a isenção de impostos, investe em títulos que têm o aval do governo, que podem ser negociados a qualquer momento, o que lhes permite sair do Brasil no primeiro soluço da nossa economia. É muita miopia governamental.



Por mais sofisticadas que sejam as explicações, é inaceitável a ausência de políticas que estimulem o investimento estrangeiro na produção nacional. Até quando vai continuar o favoritismo para quem mais especula do que produz?



Os brasileiros precisam de empregos, atenção às crianças, saúde bem cuidada e segurança individual. De que forma os especuladores colaboram para esses objetivos? Está na hora de virar esse jogo.





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