Foi assim.
A gente conversava
Sempre ao telefone.
Eu, olhando pela janela do meu quarto,
Ela, da sacada da sua mansão,
Distantes três mil quilômetros...
Tão próximos.
Na intimidade do aparelho.
Juras de amor.
Descobrimos no céu
Uma estrela linda, linda,
Ao sul das Três Marias.
E falávamos. E falávamos.
Pulsos à vontade. Na imensidão
Dos impulsos do coração.
A vida era bela.
Com amor no coração
Nos papos das noites de verão.
Tudo muda. O amor eterno se acabou.
Como pode? Quem souber que explique.
Mas a “nossa” estrela ainda está lá
Enfeitando as noites.
À espera do amor, que talvez nunca mais volte,
Mas que valeu a pena! Saudade...
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