O Sistema de Castas da Índia é uma divisão social importante na sociedade Hindu, não apenas na Índia, mas no Nepal e noutros países e populações de religião Hindu.
Originalmente, as castas eram apenas quatro: os brâmanes (religiosos e nobres), os xatrias (guerreiros), os vaixas (camponeses e comerciantes) e os sudras (escravos). À margem dessa estrutura social havia os párias, sem casta ou intocáveis, hoje chamados de haridchans ou haryans. Com o passar do tempo, vem acontecendo centenas de subdivisões, que não param de se multiplicar. Por volta de 850 a.C. teve origem na Índia o malfadado sistema de castas, embora as opiniões dos especialistas a respeito da data exata do seu nascimento estejam divididas. Só se sabe que surgiu com os árias, e a partir daí começou a desenvolver-se e se firmar na cultura do país.
A aceitação da opressão de certas castas “nobres” sobre a maioria sofredora. - Este é o código sócio-religioso conhecido como "Sistema de Castas", fundamental no hinduísmo e que influencia toda a estrutura da sociedade na Índia. Apesar de a discriminação em função das castas, hoje, ser proibida pela constituição indiana, o sistema continua sendo observado, na prática, por mais de 80% da população do país, segundo sensos recentes.
Sua origem parece proveniente da divisão entre o imigrante ária, de pele clara, e os nativos (dasya), denominados escravos (dasas), que se distinguiam pela pele escura. Os árias são descendentes dos povos brancos de famílias indoeuropéias. As primeiras referências históricas sobre a existência de castas se encontram em um livro sagrado dos hindus, chamado Manu, possivelmente escrito entre 600 e 250 a.C. Define-se casta como grupo social hereditário, no qual a condição do indivíduo passa de pai para filho, endógamo, pois ele só pode casar-se com pessoas do seu próprio grupo. Estão predeterminados também sua profissão, seus hábitos alimentares, o tipo de vestuário e etc., o que leva à formação de uma sociedade estática. Em outras palavras, não há como escapar, é simplesmente impossível, a alguém que tenha nascido numa situação de vida miserável, trabalhar para melhorar essas condições. Não pode haver aspiração ao crescimento ou ao progresso, seja profissional, social ou mesmo espiritual, e nem de espécie alguma.