09/03/2002 - 18:42
Que insegurança é essa que sinto?
Se o amor me surpreendeu,
Por que duvidar dos sentimentos?
Por que me correm na mente,
Tantas palavras duras,
Que me deixam descontente,
Tantos gestos imaturos
Nesta mente delinqüente?
Onde está a eterna poesia?
Aquela que paira na mente dos amantes?
Que repousa nos olhos e nas mãos?
Fugiu dos meus pensamentos...
Já perdi as rimas,
Se foi o verso,
Não me importo com a métrica...
Quero apenas descrever como arde a minha alma,
Como em chamas se destrói meu pensamento,
Como sinto saudade daquela voz,
Que suave e temente sussurrava ao telefone...
Se as palavras me fogem da mente,
É porque alguém está dominando-a...
(...)
E em mim, sinto um medo de perder,
Uma falta de fé,
Um desespero,
Aflição,
Choro,
Dó...
Sinto medo de te perder,
De ser esquecido,
De não passar de um maluco-escrevente
Que traduz entre poesias
Tudo que não se quer ouvir...
Não me deixe sozinho,
Nas estradas da solidão...
Deixa-me mostrar-te a paixão...
Toca, mudo telefone,
Diga que me ama,
Que vem me ver,
Que sou bonito para alguém...
Grita! Antes que enlouqueça,
E esqueça que me amaste um dia,
E entregue minha dor à vida,
E negue a existência do amor.
Diga apenas q é verdade...
Que você sente saudade,
Que todo esse sonho, não é só meu...
09/03/2002 18:50
Mauricio Braga de Almeida |