Adorei o título de sua correspondência: DE OSCAR WILDE à lixeira. Que achado maravilhoso! Dá um bom título para um artigo inteligente. Os temas que você aborda são bem motivadores e concluem algumas idéias que já discutimos antes. Cito o exemplo do site Usina de Letras.
Um site como a Usina é assim mesmo, pinta de tudo. Como é um espaço aberto, qualquer um pode entrar e colocar o que quiser, porisso é que o nível, às vezes, baixa um pouco. Cabe a nós, os usuários do "bom-senso", levantar o nível com boas notícias, com bons textos, com boas frases e com boas poesias. Isso é bom porque nos força a melhorar sempre, apresentar sempre coisa de bom gosto e que faça o pessoal pensar também em melhorar. Eu gosto do espaço porque é democrático, não é elitizado e traduz o pensamento de quem está escrevendo nos e os nossos dias. Às vezes até fico admirado com o nível alto! Tem muita gente de valor apresentando bons trabalhos. Se considerarmos que vivemos bombardeados com violência nas vidas real e virtual, com festivais glúteos na TV, nos outdoors e na mídia em geral; se considerarmos o limitado acesso ao livro pela maioria devido ao preço, um sistema de educação e cultura afunilado... e a lista vai longe se continuar. O rasgar-de-seda no Quadro de Avisos faz parte também do show, assim cada um pode demonstrar as suas preferências. Até o contador de número de leituras acho também engraçado porque dá para notar que tem muita gente que abre seus próprios trabalhos para aumentar o número, iludindo, desta maneira a si próprio, ou procurando uma auto-promoção, ou seria uma auto-ajuda? Tem gente que precisa dessa afirmação para continuar na arena. Acho que vale tudo no circo da literatura e, pelo meu mais de meio século de leitura, o negócio sempre foi assim e assim será: egocentrismo, humildade, egos feridos, pontos de vistas diferentes, brilhantismos sem brios, muito sabão pra pouca espuma... e aqui vai outra lista interminável. Estou estudando atualmente a nossa vida cultural do Segundo Império e tudo era a mesma coisa no apogeu do Romantismo: as picuinhas de d. Pedro II com José de Alencar - e vice-versa - a chamada geração boêmia (representada por Paula Neri, Coelho Neto, Artur e Aluísio Azevedo, Olavo Bilac, entre outros) fazendo contra-partida com o mecenato de d. Pedro e a turma protegida do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro... mais outra lista interminável com muito pano pra manga! Tudo isso que aconteceu foi muito bom porque se tornou um período rico na nossa literatura e eu acho que isso é que vale: o borbulho dos muitos pensares.
Respondendo a sua pergunta de sites que tenho trabalhos - dos que eu sei - segue uma lista abaixo.
Continue em contato e apresentando um bom trabalho, sempre!