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Artigos-->O Tunel Subterraneo -- 08/12/2007 - 21:51 (rosalice de araujo scherffius) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Por Rosalice de Araujo Scherffius





O Tunel Subterraneo -Parte I

Eu morei quando crianca, numa cidade que tinha um enorme e lindo castelo. Por um bom tempo os jovens daquela localidade, desfrutavam do magnifico encanto da atmosfera do lugar... Ja` abandonado e com a vegetacao crescendo desleixadamente, o castelo servia de ambiente propicio para horas apos horas de brincadeiras e aventuras sem par, como se fosse um parque municipal, assim bem engendrado e apropriado para o divertimento juvenil. Com o correr dos anos, aquele belo edificio foi deteriorado, sofrendo nao apenas as intemperies da natureza, bem como o desfalco causado pelo vandalismo e pelo oportunismo. Mas quando a meninada entrava naquela propriedade, o mundo e o tempo tomavam formas e definicoes proprias de ricas viagens inesqueciveis... Em certa ocasiao, um grupo de meninos estava brincando nos imensos jardins, e por entre os canteiros onde se podia imaginar um dia haver ostentado as mais ricas flores, encontraram os escombros de uma parede e uma porta. A porta jogada ao chao, ao redor dela, muitos tijolos espalhados. A curiosidade aumentava ao passo que cada um dos meninos ( um grupo de oito), mexia com os escombros e procurava descobrir mais sobre tudo aquilo... ===================





O Tunel parte II

rosalicescherffius@yahoo.com



Esses tijolos, de uma cor avermelhada, diferentes dos tijolos comuns que se encontra em qualquer construcao... esses sao menores, mais pesados e existe alguma coisa sobre eles que chama a atencao e faz ate a pessoa querer guardar um de lembranca. Na verdade, nao haviam pedacos de tijolos, estavam todos inteiros! Isso porem, so foi percebido pelo Chiquinho, filho do construtor, pois lembrou-se de um remoto tempo em sua infancia quando o pai era apenas um oleiro e fabricavam tijolos no fundo do seu quintal, na serra... Ainda dava pra sentir o barro rico em suas maos, o cheirinho de terra que era tao familiar...Chiquinho aprendera bastante sobre a fabricacao de tijolos, e agora, apenas com dezessete anos, sabia muito bem distinguir um bom produto, pois ao acompanhar seu pai em inumeras construcoes, sempre fazia um tempinho e ficava observando as semelhancas e diferencas entre um tijolo e outro. O pai do garoto acreditava ser importante permitir que o filho aprendesse "os ossos do oficio", portanto essas excursoes para as construcoes, se tornaram uma rotina comum na vida de Chiquinho, e com isto cresceu sua paixao pelos tijolos. Era como uma mania, quase imperceptivel, porem muito presente em seus habitos. Chiquinho gostava de aprender mais e mais sobre tijolos, de diversas qualidades, tamanhos e formas. Foi por isso que ficou encantado com essa nova descoberta. E enquanto os outros meninos mexiam com a porta para ver se conseguiam levanta-la e desta forma poder explorar o local, Chiquinho observava e trabalhava, formando duas pilhas bem afileiradas com os tijolos e contava-os, um por um... A porta, de madeira bem expessa, ali jogada no chao, ja quase toda coberta por ervas trepadeiras, daquelas que se esparramam e encobrem tudo o que encontram pelo caminho, parecia que havia sido "plantada" ali, para criar raizes... Foi isso o que pensaram os gemeos Ricardo e Roberto, que embora tivessem apenas treze anos, eram altos e se deixavam passar por mais velhos. Esses meninos conseguiam terminhar as frases um do outro e sempre estavam juntos em toda e qualquer ocasiao. Eles moravam em uma propriedade do outro lado da rua, quase em frente ao antigo castelo, e dispunham de mais tempo que todos os outros meninos para desvendar esse novo misterio. Portanto decidiram que retornariam de manha bem cedo, ja que estava ficando tarde e todos deveriam ir para suas casas imediatamente.





Rosalice de Araujo Scherffius All rights reserved.

rosalicescherffius@yahoo.com

Rosalice de Araujo Scherffius. Mae, poeta, escritora, tradutora, interprete e professora dos idiomas portugues e ingles. A autora mora na Florida com seu marido Paul David e filhos Sarah, Melissa, Paul Sebastian e Samuel Edmund.



Por Rosalice de Araujo Scherffius





O Tunel, Parte III Ricardo e Roberto acordaram as cinco e meia da manha e se vestiram as pressas, pois queriam chegar aos jardins do antigo e abandonado castelo o quanto antes. Na saida, a empregada perguntou: "Vao pegar o trem?" ao que Ricardo respondeu: "Fala nada pra mamae nao, Dona Raimunda, a gente volta logo". E os dois gemeos dispararam a correr portao a fora, sem mais demoras. Atravessaram a rua e logo em seguida se encontravam nos jardins do castelo, e de longe notaram a presenca de mais um amigo. Era o Chiquinho que ja` estava no local, como que muito ocupado em uma tarefa de sua propria empreitada... em um carrinho de mao,o menino empilhara os tijolos que havia encontrado no dia anterior e estava disposto a leva-los para sua casa, "Mesmo que tivesse que fazer cem corridas". E assim o fez. Os gemeos prosseguiram com a tarefa de examinar a porta encontrada, por todos os angulos eles exploraram ate` descobrir uma possibilidade de desvendar aquele misterio... Nisso se empenharam por umas duas horas e conseguiram ate` mesmo, com a ajuda de uma alavanca de ferro, levantar uma pontinha da madeira. Dava pra notar que estava se soltando... a grande porta moveu-se um pouquinho...parecia finalmente querer revelar mais sobre si mesma!



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rosalicescherffius@yahoo.com







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