Cárcere da Loucura
Só um louco insano, atordoado
consegue à distância entender
um painel velho-torto e retocado
no museu da vida a se esconder
Só louco pelo nada, apavorado
nas grades contorcidas a dizer
sê-lo o todo poderoso, reinado
a zelar pela imagem que não vê
Um subumano pedaço quebrado
atravessando a passos de fumaça
a passarela, o palco apropriado
Louco completamente e acuado
comendo restos do pó, lembrança
de um hospício, por ele criado.
©Andréa Abdala
19/06/00
|