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cronicas-->Labuta -- 29/03/2002 - 01:16 (Francisco Córdula) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O despertador, implacável, me retorna a realidade, sou praticamente arrancado do mundo dos sonhos, para o mundo real, mundo cruel, não tenho tempo nem de protestar, me indignar com tamanha violência.

Ainda insone olho para o meu carrasco postado no criado-mudo, os minutos avançam impiedosos, me espreguiço como num ato de resistência - revolta seria o termo - por não poder continuar o tão delicioso exercício de sonhar, ainda mais por ser muito cedo, e fico pensando, como é ruim - pelo menos para mim - cair da cama logo cedo da manhã, o pior dos pesadelos, sem dúvida. Se pelo menos fosse mais tarde, ou mesmo a tarde, que sabe, melhor não seria?

Não há bom humor que resista, a se acordar na madrugada, mesmo que sejam seis da manhã, pra mim é madrugada. Deveriam tornar o horário de trabalho flexível, pois como eu garanto que existem muitas pessoas que simplesmente não conseguem dormir cedo, mesmo em dias ditos úteis. É muito difícil encontrar alguém que consiga dormir as oito, nove da noite, eu mesmo só durmo depois da meia-noite. Então só posso estar com sono as seis da manhã.

Talvez nem seja isto, talvez seja o fato de ser manhã cedo que me faz mal, se invertesse talvez o efeito seria outro, por exemplo: dormir a uma da tarde e acordar as seis da noite, eu dormiria o mesmo número de horas, mas com certeza não acordaria com sono, sentiram? O problema é o fato de ser manhã.

Olho outra vez o despertador, ele continua firme e forte adiantando os ponteiros dos minutos, eu cada vez mais revoltado - da vontade jogar o travesseiro nele - fico apelando por mais alguns segundos de cama, fazendo um verdadeiro drama para um ato tão simples, levantar da cama, e enfrentar mais um dia de trabalho, no escritório, as mesmas pessoas, as mesmas piadas, as mesmas caras e bocas, credo que mal humor! Pior mesmo só nas manhãs de inverno. Ai o drama é completo, a cama aconchegante, o corpo quentinho. E de repente, o choque térmico. Realmente não há humor que resista.

Mais fazer o quê? Há de se buscar forças no inconsciente consequente, para não se tornar irresponsável, tem que se trabalhar, não se pode esmurecer, se entregar a preguiça, a pasmaceira, vamos em frente, coragem, firmeza, determinação.

Me encho de brios e me levanto como um vencedor, um herói, que enfrentou e venceu a preguiça, agora sim, sou digno, me sinto forte, estou pronto para a batalha! No ápice, quando estou me sentindo o maioral, estou no olimpo, entra no quarto minha amada e diz:
- Volta pra cama, amor! Hoje é sábado.


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