Azul Índigo
Iracema Zanetti
Vida azul índigo, no tom do mais puro anil!
Às vezes, desbotado, manchado,
transparente, mais claro, mais escuro,
violeta, quase roxo!
Reflexos dos meus olhos verdes mudam
minha vida de cores!
Temperamento inconstante?
Fases da lua?
Brilho do sol, ou de nuvens escuras?
Pensamentos que voam,
para junto de ti e não te encontram?
Receio de te perder, quem sabe?
Juramentos e promessas não cumpridas,
levaram meu viver ao caos!
Onde o amor que me prometeste?
Onde teu corpo?
Disseste-me com certeza que estarias a meu lado,
sempre que preciso fosse!
Assustam-me...
levam-me a desatinos,juras falsas...
promessas esquecidas!
Onde estás, que não respondes?
Se não voltares, mudo minha vida de cores,
como nuvens passageiras!
Do azul anil, não a mudo mais até ao roxo!
Reflexos de meus olhos verdes,plenos de lágrimas,transformarão o azul índigo,
em azul cor da noite!
Ah... vida... como és breve na escalada do tempo!
Tenho medo do anoitecer... medo do azul cor da noite!
Medo do amanhecer... e minha alma partir sem cores!!!
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