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Cronicas-->As Mãos -- 29/03/2002 - 13:59 (Miguel Perrone Cione) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nada existe, para nós, mais poderoso, que o pensamento humano; dele nascem nossos desejos, mas a execução de quase tudo que aspiramos devemos às nossas mãos, que são artífices fundamentais na mecànica de todas as realizações.

Graciosas na forma e no estilo, são as mãos os mais operosos instrumentos corpóreos de que dispomos. Elas sempre se comportam, na sua mágica função executiva, como vassalos da vontade suprema que as comanda. Para se fazerem entender em sua linguagem mímica, quando se faz necessário, basta um simples aceno e, às vezes, mais que a própria palavra, elas transmitem todas as gamas das manifestações humanas.

Além de hábeis elas são versáteis, podemos dizer que conseguem fazer de tudo; o bem, o mal, o maravilhoso, o horrível, o comum, o incomum, o inacreditável e o inadmissível. Tanto servem para estimular e laurear o amor, como para acirrar o ódio, para a defesa ou ataque, embora elas só devessem ser utilizadas para o bem. Pelas múltiplas facetas do seu desempenho na existência humana, as mãos conseguem adquirir uma notória individualidade social, e são vistas dentro do comportamento que assumem.

Se existem mãos malditas, que apunhalam, violentam, matam, incendeiam, só destróem, muitas são as que edificam, procurando a felicidade dos homens, nos caminhos da esperança da fraternidade e da crença em Deus.

Benditas são as que fazem justiça, as caridosas que socorrem os famintos, todas as que curam a dor e salvam vidas; gloriosas as mãos maternas, que alimentam e conduzem ao bom termo a valiosa prole, as ungidas na prece que rezam por alguém, as que enxugam as lágrimas doridas de quem sofre.

São imortais as mãos conjugadas nos liames fecundos do amor, as que se tangem em perene união na solidariedade de um povo, as que afetuosamente se apertam no congraçamento da amizade.

Intrépidas, são as mãos que se erguem como a espada imbatível em defesa da paz, as agitadas, nervosas, que repudiam a injustiça, as que nas escolas ministram as iluminuras do saber. As que formulando as leis, resguardam os direitos da pessoa humana, as que com probidade e patriotismo dirigem os destinos das nações.

Maravilhosas são todas as mãos que trabalham na imensa corrente do mutirão humano, que tentam construir um mundo venturoso e franco.

As humildes e calorosas, mas valorosas mãos dos que lavram os campos, semeiam o trigo louro, que cresce para o pão nosso de cada dia.

E, pairando acima das nossas cabeças, espalmadas, leves, redentoras paternais, as mãos de Deus abençoando os homens... Elas, que também voltadas para a amplidão infinita dos céus, nos ofertam a vida!
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