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Artigos-->Verdades -- 03/01/2008 - 17:24 (Lorena Pagno Miranda) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Verdades



Hoje é um dia daqueles que parece interminável. Aquele dia, que você faz milhares de coisas e o tempo parece não passar. Se eu fosse uma pessoa conformada deveria agradecer por nada de ruim ter acontecido, e eu até agradeço, mas a verdade é que um grande vazio faz eco ao meu redor.

Eu bem sei que este espaço vazio está bem aqui dentro de mim e por mais que eu me esforce mantendo-me ocupada o tempo todo, os meus pensamentos não me dão trégua.

Minha sensibilidade está à flor da pele. Nunca, em tempo algum da minha vida, as palavras me magoaram tanto, nem tampouco eu tive menos paciência.

Sei que preciso fazer alguma coisa com urgência. É fato que não posso continuar assim, sentindo-me completamente inútil, mas não sei por onde começar, nem de que forma fazer.

Nem sei como desfazer o nó preso na minha garganta. Nem onde encontrar respostas para as minhas perguntas. A quem recorrer, quando nos encontramos num impasse? E ao mesmo tempo sei que tudo poderia ser tão simples, se nós seres humanos chatos e complicadores não nos questionássemos tanto, não exigíssemos tanto de nós mesmos e dos que nos cercam?

O que será que acontece, com o passar dos anos. Por que coisas que passavam desapercebidas, transformam-se em gigantes e nos sufocam? Por que complicamos tanto se a vida é tão curta e passa tão rápido? E nada fica para trás, a não ser as mágoas e os assuntos mal resolvidos.

O ideal é distribuir risos, acalentar sonhos e tornar a vida dos que nos cercam o mais alegre que possamos. Ao deixar boas lembranças nos tornamos queridos e tornamos possível o sonho de quem fica.

Épreciso chorar sim, como uma fonte de alívio, se isso fizer bem. Como uma despedida, como um reflexo da sua dor. Ou como uma saudade eterna, inesquecível e para sempre pranteada. Num vazio insuportável , que ao invés de amainar, cresce, aumenta e tantas vezes se agiganta.

Ficam tantas perguntas sem respostas, tantas questões inacabadas, tantas culpas. Mas porque sentimos culpa se tentamos fazer tudo, sempre, da melhor forma possível, ou o melhor que sabemos fazer, dentro das nossas posturas, da nossa cultura, do nosso pouco saber. Fazemos tudo intuitivamente. Usamos a bagagem que nos foi ensinada, ou imposta. Temos grandes dificuldades de romper tabus, quebrar barreiras, enfrentar o mundo, inventar novas formas de querer, ou até mesmo de nos iludir, porque não?

É preciso sobreviver, continuar vivendo, amando ou odiando, conforme o momento, a circunstância, a necessidade. É preciso fazer tantas coisas e nada se tem vontade de fazer. E então vamos levando,nos iludindo, sobrevivendo, aqui e acolá, em busca de conforto, de solidariedade, de ilusões.

Quando o coração e o corpo parecem sucumbir pela tristeza da perda, nos obrigamos a reagir, nos alimentar de histórias outras. diferentes das do nosso contexto, como única forma de nos ajudar e ajudar os que ainda dependem de nós. Os novos caminhos a seguir são inúmeros, é necessário descobrí-los e readaptar-se à custa de dor e muita força de vontade, mas como única opção para continuar vivendo.
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