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Contos-->JOGO DE CINTURA NA SALA DE AULA -- 19/06/2002 - 15:45 (Veneza de Almeida Babicsak) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
JOGO DE CINTURA


A área estava "minada". Todo cuidado é pouco. Perigo ä vista!. Barulho total, mesmo assim, ela se arrisca e avança o território, logo de cara um avião passa quase que esbarrando seu corpo, outro em seguida, desvia, senão!!! Tenta não se intimidar e vai em frente para conseguir comandar seu posto. Quase chegando lá, à sua frente, uma pequena guerra de balas brancas cruzando seu tão querido espaço. Mesmo assim, por amor à sua profissão, ela enfrenta toda essa batalha, não se deixa abater como um inimigo querendo ganhar a guerra de qualquer maneira. Tenta usar sua diplomacia, embora não seja uma tarefa fácil, mas ela tenta ...e não desiste... Precisa apenas de um "tempinho", com certeza.

Olha ao seu redor, desvia dos objetos voadores, consegue abafar os gritinhos em seus ouvidos, fazendo de conta que não ouve, não sente, não fala, como se fosse um ser de outro planeta que acaba de cair ingenuamente, patinando na maionese, alheio a tudo que está vendo e sentindo, com um ar doce, meigo e cheio de amor para dar.

Evidente que para isso, ela faz de tudo para chamar a atenção, e se esqueçam do que estão fazendo e quem sabe, o silêncio e o desprezo poderão ser bem eficientes nesse momento, ou uma armadilha, ou mesmo um tiro certeiro, talvez uma granada!!! Uma bomba!!! Bem, o melhor é se armar com muito amor e carinho, com certeza será muito mais eficaz, e isso é que importa, o resultado, primeiro ganhar uma batalha e depois a guerra.

Conseguiu! Todos em silêncio, prestando atenção em sua aula, a professora já despida da roupa de batalha, e os alunos totalmente desarmados, sem os aviões, sem giz , sem bolinhas de papéis amassados que atiravam sem rumo, sem saber em que direção seria o alvo, enfim, todos em um ambiente de paz e harmonia. Parece irreal! É... Temos que ter fé e seguir em frente. Desta forma, a querida professora faz um "ditado" com os versos de Mário Quintana e todos escrevem em silêncio, de dar inveja:

" ... TÃO LENTA E SERENA E BELA E MAJESTOSA ...

Neste preciso instante, uma aluna, que nunca fez uma bagunça sequer, aplicada, quieta, resolve emitir um comentário antes da professora terminar a frase:

- "ESSA, SOU EU", murmura a aluna.

Em seguida , a professora termina a frase:
- Vai passando a "VACA".

RISOS, GARGALHADAS, BARULHO TOTAL, MINOU A ÁREA, NOVAMENTE... GIZ, AVIÕES, BOLINHAS DE PAPÉIS ...-

1 X 0 para os alunos. A professora acabou entrando na bagunça de tanto rir.


Veneza de Almeida Babicsak


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