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| Poesias-->Nutiçias du globu rurá - Ecologia -- 15/08/2002 - 19:49 (Airam Ribeiro) |
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Nutíçias do globo rurá
Seu moço cuma tô triste
Pelas nutíça do globo rurá,
É coisa de nois fica pensano
Muito séria é de pena!
Cuma nois vai faze fi de Deus
Me conta quero sabe,
Pruquê tão matano os rio
E a água pra nois bebê?
Lá pras banda de Correntina
Que o globo rurá anunciô,
Só se vê os rasto no chão
Pois os rio argum já secou.
Inté o Rio São Francisco
Qui banha todo sertão,
Ta sofreno pur causa disso
Pois derrubaro as matação.
Nus seus leito já num tem sombra
Co tempo argum já secou,
Só se vê chão isturricado!
É só isso qui sobrou.
Inté as veia piquena
Qui joga água nas artéria,
Qui é qui dá força pro Chico
Ta sofreno cum essa miséria!
Mais dia menos dia
Ce vai vê o vivente chora,
Vai correr léguas e léguas
Prum golim de água acha.
É tudo pur cupa do home
Cum seu progresso da ganança,
Qui num sabe o qui quer
Viveno nessa traficança.
Cum suas idéia maluca
De querer só capim prantá,
Num ta nem aí pro futuro
De nois e dus anima.
Pio é qui o guverno num fais nada
O qui fais é só murta,
Mais adispois qui a murta é pagada
Elis torna de novo dismatá.
Só as Providênça Divina
É qui vai resolve o probema
Quem pranta vai cuiê mais tarde
Esse é qui é o isquema.
De: Airam Ribeiro
Itanhém Ba. Dez/2000
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