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Poesias-->A morte de um poeta -- 15/08/2002 - 20:22 (Airam Ribeiro) |
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A morte de um poeta
Está lá estirado no caixão...
E desde aquele dia então
Sua mão não mais escreveu,
Na vida não fez sucesso
E somente foi descoberto
Depois que ele morreu.
Seus trabalhos empoeirados
Nos seus arquivos guardados
Nunca um livro ele editou,
Seus encantos nos poemas
Com amor escrevia seus temas
Quando na terra passou.
Hoje está nas lembranças
Deixa poesias de heranças
Para um dia ser lembrado,
Pois o sucesso só vem
Quando já não é mais alguém
E o corpo é consumado.
Lá na rua três de maio
Ele fazia seus ensaios
Rascunhando suas poesias,
Escrevia com sentimentos
E chorava por uns momentos
Quando alguns versos liam.
No batente frente à calçada
Ao entrar prá sua pousada
Escreveu uma frase no chão,
Esta casa é de um poeta
Que viver foi sua meta
Escrevendo com o coração.
Deseja apenas ser lembrado
Pela esposa e os filhos adorados
Sua inesquecível família,
Pelos que deram-lhe as mãos
Por sua mãe, por seus irmãos,
Que deixou lá em Brasília.
Dedica todo o seu tesouro
Que não se compra com ouro
Aos poetas do anonimato,
Que escrevem com sentimentos
Relatando o amor do momento
Do leigo, da cidade e do mato.
De: Airam Ribeiro - Itanhém-Ba-
27/l0/2002
E-mail airamribeiro@zipmail.com.br
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