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Poesias-->Poema para a morte -- 15/08/2002 - 20:24 (Airam Ribeiro) |
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Poema para a morte
Sei que és uma justiceira
Não vives a perseguir.
No livre arbítrio de cada um
Não vais nunca interferir.
Levas quem tem patrimônio
Também leva quem não tem,
Leva o preto leva o branco
Não adulas a ninguém.
És corajosa e temida
Está na guerra e na cidade,
Buscas o velho leva o novo
Abraças a qualquer idade.
No polo norte tu estás
Na terra e mesmo no ar,
Nos prédios e nas favelas,
Ou mesmo no fundo do mar.
Buscam alguns repentinamente
Outros buscam devagar,
Ninguém de te se esconde
Porque sempre acharás,
Não fujo de ti porque sei
Que não terei constrangimento,
Em dizer-te que não és morte
Para mim é nascimento.
Não temo a te dona morte
Tu és minha chave libertadora.
Depois de ti está a liberdade,
És uma porta promissora.
Pôr isso não tenho medo de te
Meu espírito precisa se libertar,
Meu medo está no prestar de contas
Dos débitos que fui acumular.
Leve este corpo já velho
Podes levar se quiser,
Virei em outro novinho
Se permissão Deus me der.
A mim você não mata
Porque o espírito não morre
Já desfrutei da riqueza deste corpo
Podes levar este corpo pobre.
De: Airam Ribeiro - Itanhém-Ba-02/11/97.
E-mail airamribeiro@zipmail.Com.br
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